O treinador Ricardo Sá Pinto desejou hoje que o Moreirense repita no domingo a superação de outras fases da temporada para dar a volta ao Desportivo de Chaves no ‘play-off’ de permanência na I Liga de futebol.
“Esta equipa já esteve morta várias vezes este ano. Lembro-me que estivemos a cinco pontos do ‘play-off’ e a seis da salvação direta. Precisávamos de ganhar a Gil Vicente, Tondela, Belenenses SAD e Vizela e lá ganhámos. Mostrámos várias vezes que, perante as adversidades, conseguimos superar-nos. Amanhã [domingo], acontecerá isso e iremos mostrar a grande equipa que somos”, afiançou o técnico, em conferência de imprensa.
Os ‘cónegos’ vão partir em desvantagem para a segunda mão do ‘play-off’, uma semana depois da derrota em Chaves (0-2), com golos de João Teixeira e do cabo-verdiano João Correia, novamente sem Ricardo Sá Pinto no banco de suplentes, devido a suspensão.
“De uma vez por todas, temos de jogar à imagem daquilo que fizemos nesses jogos e à imagem do próprio povo da vila de Moreira de Cónegos, que é encarado como gente de trabalho, lutadora e humilde, que faz grandes sacrifícios e quer vencer na vida. Esse é o nosso lema. Temos tido altos e baixos, mas não há mais oportunidades e vamos ter de mostrar superação para continuar na I Liga, que é o nosso lugar. Não há outro”, notou.
Ricardo Sá Pinto garantiu que o Moreirense, que acabou a I Liga no 16.º e antepenúltimo lugar, à frente dos despromovidos Tondela - que suplantou na 34.ª e última jornada - e Belenenses SAD, “está unido e forte” para superar o Desportivo de Chaves, terceiro da II Liga, que ‘caiu’ no ‘play-off’ devido às promoções diretas de Rio Ave e Casa Pia à elite.
“Acho que houve grande demérito nosso no último jogo e muita eficácia do adversário. O Chaves fez dois remates à baliza e dois golos, que, no meu ponto de vista, foram muito consentidos pelo Moreirense. Não quer dizer que o opositor não tenha o valor que tem, porque tem jogadores de I Liga e até já tinha dito que, para mim, é o melhor plantel do segundo escalão. Agora, não fomos aquela equipa que costumamos ser”, lamentou.
Os minhotos perderam quatro dos cinco últimos jogos, mas somaram duas vitórias nas últimas três partidas em Moreira de Cónegos, onde precisam de vencer por três golos ou, no pior dos cenários, marcar dois e levar a eliminatória para o desempate por penáltis.
“Trabalhámos esta semana em função desse primeiro jogo da estratégia que deveríamos ter aplicado e não o fizemos como combinado. Houve alertas, correções e muito trabalho no campo. Sinto que eles perceberam de uma vez por todas que têm de estar sempre 100% concentrados e motivados, com respeito e humildade por qualquer adversário. No dia em que não o fazemos, somos logo penalizados. É o que nos tem sucedido”, frisou.
O neerlandês Godfried Frimpong, operado ao menisco do joelho direito, está ausente das opções de Ricardo Sá Pinto, ainda incerto quanto à aptidão do belga Kevin Mirallas e do brasileiro Yan no confronto que vai impor a 13.ª presença, e nona seguida, dos minhotos na elite ou a reedição das despromoções de 2004/05 e 2012/13 ao escalão secundário.
Moreirense e Desportivo de Chaves definem o 18.º e último clube da edição 2022/23 da I Liga no domingo, às 19:30, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, em encontro arbitrado por António Nobre, da associação de Leiria.
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