O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, afirmou hoje que “a postura ética mais correta” é não se intrometer na gestão da autarquia, recusando comentar o regresso do FC Porto à varanda dos Paços do Concelho.
O regresso à varanda “merece o mesmo comentário que mereceu nos quatro ou cinco anos em que já não sou presidente da Câmara, que é não dizer rigorosamente nada sobre aquilo que é a gestão da Câmara do Porto”, respondeu o líder do PSD e ex-presidente da autarquia aos jornalistas, no Porto.
“Depois ter lá estado 12 anos [como presidente da autarquia], acho que a postura ética mais correta é não me andar a intrometer”, concluiu.
O regresso do Futebol Clube do Porto (FC Porto) à varanda da câmara municipal, 19 anos depois, para mostrar a taça de campeão nacional de futebol aconteceu na noite de sábado, numa festa que se prolongou até à madrugada de domingo.
Desde 1999 que o FC Porto não se deslocava à Câmara do Porto para festejar as vitórias no campeonato nacional, designadamente nas nove vezes em que o clube foi campeão durante os cerca de 12 anos de mandato do social-democrata Rui Rio (entre 2002 e 2013).
Na noite dos festejos, com a avenida dos Aliados pintada com os tons azuis e brancos, o momento mais esperado surgiu quando o capitão dos ‘dragões’, Hector Herrera, ergueu o troféu, ladeado dos restantes elementos grupo de trabalho.
Depois do triunfo no terreno do Vitória de Guimarães (1-0), na 34.ª e última jornada da I Liga, a equipa chegou à ‘sala de visitas’ da cidade Invicta – Aliados - num autocarro panorâmico, que foi literalmente engolido pela multidão, enquanto tentava contornar a avenida, com os jogadores eufóricos pela receção dos adeptos.
Entre cânticos alusivos à conquista do título, e também muitas provocações ao rival Benfica, a festa, que tinha começado ao início da tarde, com vários momentos musicais, prolongou-se para o interior dos Paços do Concelho, onde o presidente do clube, Pinto da Costa, recebeu a Medalha de Honra da cidade.
No exterior, o discurso do dirigente, assim como do presidente da autarquia portuense, Rui Moreira, foi acompanhado pela multidão em vários ecrãs gigantes, e pontuado, frequentemente, com ruidosas salvas de palmas.
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