Ainda assim, e de acordo com o Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio desconhece o processo e não foi até ao momento notificado para testemunhar na defesa a Rui Santos.
Rui Santos, comentador do programa Tempo Extra, na SIC, e ainda autor do livro Estádio de Choque, é acusado de dois crimes de difamação agravada a Pinto da Costa, que terá injuriado em dois momentos, de acordo com a acusação: em excertos do livro publicado e também no programa televisivo.
O comentador disse na SIC que Pinto da Costa recebia, em anos anteriores a 2004, 400 euros mensais, baseando-se num documento que transcrevia declarações do presidente portista em tribunal.
Hoje, na primeira sessão do julgamento - sem a presença de Rui Santos -, foram ouvidos, além de Pinto da Costa, o director geral da SAD para o futebol do FC Porto, Antero Henrique, o jornalista Nuno Maia e ainda o procurador Carlos Teixeira, testemunhas arroladas pela defesa.
Carlos Teixeira ouviu Pinto da Costa em 2004, no âmbito do processo "Apito Dourado".
O presidente do FC Porto disse hoje nos Juízes Criminais do Porto que Rui Santos "mentiu", em alusão àquela declaração dos 400 euros mensais.
"Eu nunca disse em tribunal que ganhava 400 euros por mês. Até o salário mínimo, nessa altura, era mais alto do que isso. Tudo isso é uma mentira", disse Pinto da Costa, acusando também Rui Santos de fazer "livros para insultar as pessoas".
O comentador Rui Santos é ouvido a 10 de Março, pelas 14:00, na segunda sessão do julgamento.
Além de Rui Santos, é também ouvido Rui Carvalho, elemento do "staff" do FC Porto e testemunha apresentada pela acusação.
Alexandre Magalhães, crítico da gestão de Pinto da Costa no FC Porto, e os jornalistas do Expresso Ricardo Costa e Rui Gustavo são as testemunhas arroladas pela defesa e ouvidas na segunda sessão.
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