O avançado Rui Miguel considerou esta segunda-feira que os seis golos apontados ao serviço do Penafiel na II Liga de futebol são "a cereja no topo do bolo", após uma lesão que o afastou dos relvados durante 13 meses.
Rui Miguel marcou os dois golos da vitória, por 2-0, em casa do Académico de Viseu, na última jornada, repetindo o 'bis' da ronda anterior, diante do Vitória de Guimarães B (3-0), num registo que também valeu pontos diante do Varzim e Atlético, após empates a uma bola nos dois casos.
O 'reforço' de inverno dos 'rubro-negros', atualmente num tranquilo 14.º lugar, cinco pontos acima dos lugares de descida, igualou Yero como melhor marcador da equipa no campeonato, com a vantagem de ter precisado de 431 minutos contra 2.023 do colega de equipa, uma média de um tento a cada 71 minutos.
Os seis golos, que valeram diretamente cinco pontos, são o melhor registo da sua terceira passagem pelo Penafiel, com mais um tento do que os anotados em 2012/13, mas em 16 encontros, depois de ter ficado em branco nas sete jornadas em que participou na época passada, até sofrer uma grave lesão no joelho direito.
"Nunca pensei que ia recuperar a 100 por cento das duas operações os joelho, como felizmente aconteceu, e voltar a jogar e a fazer aquilo que mais gosto, marcar golos e representar o Penafiel, um clube sério, de gente boa e que já começa a ser um pouco meu, é uma vitória muito grande para mim", disse Rui Miguel à agência Lusa.
O avançado formado na Académica, de 32 anos, fala do momento atual com "grande felicidade", considerando-o "a cereja no topo do bolo", após "um ano muito complicado".
"Fui operado aos ligamentos cruzados em dezembro de 2014, mas correu mal e tive de fazer uma segunda cirurgia, começando tudo de novo. Os seis meses previstos de paragem acabaram por ser 13, que é muito tempo. Tive de ir buscar forças onde não sabia que tinha, mas, neste período, aconteceram também coisas boas, que me fizeram crescer", sublinhou.
Rui Miguel não fez pré-época e treinava sozinho em Coimbra, a sua cidade de origem, com o "apoio de terapeutas amigos", assegurando que nem olhou para trás quando recebeu o convite do Penafiel, na reabertura do mercado de transferências, para retomar a carreira, interrompida no clube na época passada.
O experiente futebolista, que contabiliza ainda passagens pela Escócia e pela Bulgária, reconheceu que esta 'prova de vida', que lhe permite jogar e sentir-se útil, é "importante", mas preferiu realçar o coletivo, com quem partilha os méritos dos seus golos e da recuperação pontual da equipa.
"A gestão de esforço está a ser coordenada com a equipa técnica, mas o que está a acontecer é fruto, também, do trabalho da equipa e dos colegas, porque sozinho não conseguia nada. E mais do que eu, este ou aquele jogador, o importante é o Penafiel ganhar", acrescentou.
O camisola 32 dos 'rubro-negros' considerou mesmo "impensável" ver o clube nos lugares de descida, como chegou a acontecer, argumentando que "o Penafiel tem excelentes executantes e discute a vitória em campo com qualquer equipa".
"Se calhar, como os resultados não apareciam, caiu-se em descrença e a malta desconfiou, mas já levamos oito jogos sem perder e vamos sair de lá", afirmou, prometendo "uma boa resposta" da equipa na receção ao Gil Vicente, "uma equipa forte e assumida candidata à subida", na quarta-feira, em jogo da 34ª jornada da II Liga.
Comentários