Rui Gomes da Silva diz não acreditar que o Benfica tenha corrompido árbitros no caso cos 'vouchers'. Em declarações ao 'Jornal das oito' da TVI, o antigo vice-presidente do emblema 'encarnado' comentou a notícia daquela estação que diz que a Polícia Judiciária tem fortes indícios de corrupção desportiva contra o Benfica no caso dos 'Vouchers'.
"Não acredito que o Benfica tenha corrompido os árbitros e muito menos nestes termos e valores. Seria ridículo pensar que qualquer árbitro se corromperia com valores de 70 euros. O que acontece, já não era administrador da SAD mas era vice-presidente, é que não tenho conhecimento de qualquer situação que envolvesse movimento em relação a árbitros ou estruturas do futebol português", começou por justificar Rui Gomes da Silva.
"Em termos globais, falamos de 250 euros numa equipa de sete e falamos de 600 euros de coisas de que poderiam ter resvalado a qualquer momento e por razões de cortesia teriam sido incluídos na fatura. Havia uma quantidade enorme de pessoas que ali almoçava, que podiam usar essa disponibilidade e ser incluído numa fatura que alargasse. O Ministério Público preocupou-se com coisas que passaram de 35 para 70 euros, há aqui uma preocupação do Ministério Público em ter razão em todos os processos e que leva a esta situação", completou.
Para o comentador de televisão, o Benfica não tem nada a ver com o facto de alguns 'vouchers' atribuídos pelo clube a árbitros, assistentes e delegados da Liga ter chegado aos 600 euros por jantar, como avança a TVI.
"Em termos desportivos não haverá problema. Se houver em termos judiciais, o Benfica tem que provar que era uma situação anormal no restaurante e encontrar dentro do local responsáveis por ter colocado nessas faturas coisas que não tinham a ver com o Benfica. O Benfica tem responsabilidade [a processar as faturas] mas pode provar que as despesas não tinham a ver com os árbitros", atirou.
O antigo vice-presidente do Benfica explicou que era normal as ofertas de cortesias.
"Acompanhei todos os jogos fora do Estádio da Luz, só falhei quatro, e muitas vezes recebia ofertas de cortesia, como nós oferecíamos. E muitas vezes superiores a 35 euros, era normal nessas situações. A coisa que os delegados da UEFA mais apreciavam eram as camisolas autografadas pelo próprio Eusébio", exemplificou o candidato às próximas eleições do Benfica.
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