O presidente do Santa Clara, Rui Cordeiro, foi reeleito à frente da direção do clube, para o triénio 2018-2021, com 88% dos votos, no ato eleitoral que decorreu na terça-feira na sede do clube, em Ponta Delgada.

Rui Cordeiro, de 34 anos, encabeçou a lista A, a única presente a sufrágio, e foi reeleito presidente com 126 votos, dos 62 sócios que compareceram na votação, sendo que 30 sócios tiveram direito a três votos, 20 sócios a dois votos e 12 a apenas 1 voto consoante a antiguidade no clube.

O presidente do clube açoriano que está de regresso à I Liga, após 15 anos de interregno, agradeceu a "confiança dos sócios" assumindo que as prioridades do seu mandato passam pela "manutenção" da equipa no escalão mais alto do futebol português, "estabilidade financeira", além da "reaproximação aos sócios".

"Passa claramente pelo nosso projeto de manutenção na Primeira Liga que é um projeto difícil com um campeonato muito competitivo, passa claramente pela estabilidade financeira, nós não vamos cometer loucuras, temos um orçamento dentro daquilo que é as nossas possibilidades porque temos um processo de reestruturação económico-financeiro, não queremos e não vamos cometer os mesmos erros do passado", disse.

Apesar do passivo do Clube Desportivo Santa Clara (CDSC) rondar os 6,5 milhões de euros, Rui Cordeiro promete "uma equipa competitiva", conciliada com a "recuperação financeira e de credibilização da marca Santa Clara".

"Neste momento o passivo do clube ronda os 6,5 milhões de euros, temos o ‘Santander’ em dia, fisco, segurança social e fornecedores numa situação regular. É um clube que tem vindo a recuperar a sua credibilidade financeira e social junto das suas bases, é um clube que está numa situação estável ", assegurou.

O presidente do CDSC e da SAD "encarnada" considera que a subida à I Liga de futebol poderá ajudar a melhorar a situação financeira do emblema.

"Facilita em termos do que é a projeção da marca Santa Clara e da marca Açores em primeiro lugar, facilita em termos de projeção económica e financeira no sentido de permitir a libertação de outros meios para o pagamento do serviço da dívida, nós estamos focados no pagamento do serviço da divida, esta é a preocupação do Santa Clara, desta direção", disse.

Rui Cordeiro rejeita "entrar em loucuras" lembrando que existe "um plano" que passa por cumprir com os "acordos" estabelecidos no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) com os principais credores "fisco, segurança social e o banco Santander".

"O Santa Clara tem a situação regular pela primeira vez desde que nós entrámos há três anos com o (banco) Santander, com o fisco, com a segurança social e fornecedores, uma situação única na vida deste clube", assegurou.