Ruben Ribeiro, atual jogador do Gil Vicente mas que na altura do ataque à Academia de Alcochete representava o Sporting, prestou declarações sobre o caso via videochamada a partir do Tribunal de Matosinhos.
"Quando me estava a preparar para calçar as chuteiras, vejo o meu colega André Pinto a dizer que os mascarilhas estavam aí, mas num tom de brincadeira. Estavam a gritar, a dizer: vou-vos matar.’”, começou por dizer, explicando depois mais detalhes sobre a entrada dos agressores.
Rúben Ribeiro diz que Vasco Fernandes vedou o acesso balneário, mas os agressores forçaram a entrada, depois de conseguirem passar pelo diretor de segurança da Academia.
"Levei um estalo. Estava sentado no meu lugar, deram-me uma bofetada e continuaram a andar. Acuña foi agredido ao soco na cabeça, por 3 ou 4 indivíduos. Viu o William ser agredido com um soco no peito e Misic a levar com o cinto na cabeça. O Bas Dost largou bastante sangue", disse Ribeiro, confirmando que viu Jorge Jesus magoado, "num olho e no lábio”.
Ruben Ribeiro falou ainda sobre os dias seguintes ao ataque: "Após o ataque tive noção de que podia ter morrido. Foi um dia de terror. Ter chegado a casa e deparar-me com a minha esposa e os meus filhos a chorar, neste caso o meu filho mais velho... Foi um cenário bastante difícil", adianta o jogador, acrescentando que o caso teve ainda com mais repercussões na sua família.
"Após o sucedido, reuni-me com o advogado e com a responsável do colégio porque não havia condições para os meus filhos estarem ali, a minha mulher estava com medo de sair de casa, só pensava que toda a gente a perseguia, estava com receio de sair à rua... Pedi ajuda ao meu advogado na altura. Ele foi comigo, o meu filho tinha sido gozado e ameaçado na escola pelo que tinha acontecido. Disse à responsável para apressar o processo, porque queria fazer a transferência imediatamente para o Porto. No dia seguinte, coloquei a minha família no Porto e tratei da transferência, para não ficarem mais em Lisboa."
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