O presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) do Sporting, Rogério Alves, realçou hoje que está assegurada a segurança dos participantes na reunião magna de sábado, que vai decidir a suspensão do ex-presidente Bruno de Carvalho.
"Estamos a criar condições para que as pessoas possam vir em segurança à AG, possam participar nos debates, possam ouvir as ideias, mas possam também comparecer e ir embora se essa for a sua escolha. Esta vai ser uma AG livre e espero que seja uma afirmação do sportinguismo", afirmou o dirigente em conferência de imprensa.
E reforçou: "Estamos a fazer uma aposta forte na garantia que a segurança estará presente para que todos possam vir, participar, votar e sair em segurança".
Rogério Alves destacou que a AG do próximo sábado tem "características inéditas", já que "nunca uma AG se realizou com esta finalidade: julgar, apreciar e deliberar sobre os recursos interpostos por várias pessoas contra sanções aplicadas" contra os sócios em risco de suspensão e expulsão, entre os quais se conta o antigo presidente Bruno de Carvalho.
"A segurança vai ser feita pela entidade privada que presta serviços ao Sporting e pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Nós gostaríamos que a segurança começasse e acabasse nas próprias pessoas, até porque os sócios do Sporting são pessoas pacíficas. Mas, prevendo a possibilidade de ocorrer algum tipo de incidente, é importante haver um mecanismo de segurança que assegure que tudo corre como tem de correr", sublinhou.
Segundo Rogério Alves, quaisquer que sejam as decisões tomadas, os órgãos sociais do Sporting vão respeitá-las.
"O Sporting tem na AG o órgão soberano da decisão. Temos de aprender a respeitar as decisões democráticas. Até podemos pensar que este modelo de AG está ultrapassado e pouco adaptado aos novos tempos. Mas todos teremos de aceitar o que for a decisão da AG. Penso que será um exemplo de sportinguismo para dentro do clube e de civismo para o exterior do clube", frisou.
"Não emitirei nenhuma opinião de mérito sobre qualquer posição. Porque aqui o papel que absorve todos os outros é garantir que os sócios se exprimem. O futuro logo veremos em que caminho se percorrerá", acrescentou, já depois de ter confirmado que os recursos apresentados pelos sócios visados por suspensões e expulsões vão ser decididos por maioria simples, ou seja, 50% mais um voto dos presentes na AG.
Questionado pelos jornalistas sobre quando é que começam a ser contabilizadas as suspensões - Bruno de Carvalho, por exemplo, enfrenta uma suspensão de 12 meses, Rogério Alves deu a sua opinião enquanto advogado.
"No meu entendimento jurídico. A sanção começou a contar no momento em que foi aplicada e o recurso não tem efeito suspensivo. Se a AG votar a favor da manutenção, ela decorrerá desde que foi tomada até um ano depois", assinalou.
Face à insistência dos jornalistas sobre as medidas de segurança que estão a ser preparadas para a reunião magna, Rogério Alves voltou a mostrar-se confiante num desfecho positivo dos trabalhos.
"Estou empenhado em garantir que quem quiser vir, pode vir em liberdade e em segurança", reforçou, admitindo ainda que, num cenário "catastrofista", em que aparecessem mais sócios do que a lotação do pavilhão onde o encontro se vai realizar, o mesmo pode ser adiado.
"Se em determinado momento verificarmos que não há condições para que quem queira permanecer no pavilhão, permaneça, teríamos de encarar a possibilidade de suspender a AG, marcar nova data e possivelmente em novo local. No limite, se isso for imposto pelas regras de segurança e de bom senso, poderemos interromper os trabalhos da AG, agendar uma nova data e um novo local", lançou.
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