Não houve golos no arranque da 32.ª jornada da I Liga. Marítimo e Rio Ave não foram além de um nulo, no jogo que abriu a ronda que pode ditar já o título. Os vila-condenses chegaram aos 51 pontos e igualaram o melhor registo de sempre na Liga em termos pontuais. No entanto, a equipa de Carlos Carvalhal pode voltar a perder o 5.º lugar para o Famalicão, que ainda não jogou nesta ronda. O Marítimo, que garantiu a manutenção na jornada anterior, soma 38 pontos, os mesmos do Boavista (11.º) e Santa Clara (10.º).
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Com a sua situação resolvida no que a permanência diz respeito, o Marítimo tentará o melhor lugar possível até ao final da época. Já o Rio Ave está na luta por um lugar que dê acesso à Liga Europa, numa corrida onde terá de contar com o Famalicão e o Vitória Sporting Clube. O 4.º posto do SC Braga também ainda é possível.
O jogo começou com uma contrariedade para José Gomes, obrigado a trocar o lesionado Correa por Edgar Costa logo aos sete minutos.
Com um futebol de marca, muito rendilhado, com bons executantes a nível técnico, o Rio Ave ia tento mais bola mas com algumas dificuldades em entrar na zona de decisão. Algo que só conseguiu aos sete minutos, num lance de ataque rápido. Taremi ganhou as costas à Zainadine, serviu Piazón que atirou de pronto para uma defesa fantástica de Amir, guardião iraniano do Marítimo.
O Marítimo tentava responder com remates de longe ou então pelas incursões do irrequieto Milson, extremo angolano lançado por José Gomes nas últimas jornadas.
Mas era o Rio Ave que estava mais perigoso em campo, como mostrou aos 26 minutos, quando Piazón aproveitou um erro de Nanu para servir Taremi mas o iraniano acabou desarmado por Kerkez.
Logo no início do segundo tempo, Carlos Carvalhal trocou o angolano Gelson Dala por Carlos Mané, e o Rio Ave melhorou muito. Taremi podia ter marcado aos 47 minutos mas o seu remate, de primeira, saiu por cima, após uma grande jogada de envolvimento atacante dos vila-condenses, com o esférico a passar por vários jogadores perto da área do Marítimo. Três minutos depois é Amir a brilhar de novo, agora a remate de Filipe Augusto.
Com o domínio do adversário, o Marítimo só conseguia sair em contra-ataque, principalmente pelo veloz Milson. O angolano apareceu isolado perante Kieszek aos 60 minutos mas o guardião polaco foi muito rápido a sair da baliza e a ficar com o esférico.
O minuto 70 é de azar para o Marítimo. Joel Tagueu estava a aquecer e pronto para entrar quando sentiu um desconforto no joelho e avisou a equipa médica que não estava em condições de ir a jogo. Em campo, Milson dava sinais de cansaço e pedia a substituição. Entrou Erivaldo no seu lugar.
Com menor capacidade para progredir no terreno com um futebol apoiado, o Marítimo ia usando os contra-ataques e ataques rápidos para colocar à prova a defensiva vila-condense, como se viu no minuto 74: Rodrigo Pinho recebeu de Edgar Costa e disparou de pronto, com o pé direito (o seu pior pé), para uma defesa fantástica de Kieszek, apenas com uma mão. Aos 82 minutos, novo duelo entre Kieszek e Rodrigo Pinho, com o polaco a sair rápido da área e ficar com a bola, após passe em profundidade. Era o último lance de perigo do jogo.
Com este empate, o Marítimo interrompe uma série de três triunfos seguidos mas volta a não sofrer golos, algo que acontece há quatro jornadas. Os madeirenses subiram provisoriamente ao 10.º lugar, com 38 pontos.
O Rio Ave mantém para já o quinto lugar, o último de acesso à Liga Europa, com 51 pontos, igualando a sua melhor pontuação de sempre, mas pode ser ultrapassado pelo Famalicão, sexto, com 49, que joga ainda hoje em casa do 'aflito' Vitória de Setúbal.
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