Ricardo Costa deixou a liderança da Comissão Disciplinar da Liga há cerca de um ano, mas nem por isso deixa de estar atento aos processos que têm marcado a actualidade do futebol português.
Confrontado com a lentidão na resolução de alguns casos mais mediáticos nos últimos tempos, como o que envolveu Jorge Jesus - suspenso por 11 dias por alegada agressão a um jogador do Nacional, Luís Alberto -, o jurista desfere algumas críticas à actual direcção da CD da Liga, liderada por Herculano Lima.
«Objectivamente houve morosidade. Não houve celeridade nesses processos, pelo menos a celeridade que nós introduzimos quando eu presidi esse órgão durante quatro anos. Nós quando chegámos tínhamos processos a serem decididos entre três e cinco meses, em média, e conseguimos passar, em média, para um prazo de um a dois meses. Se voltamos a ter o prazo médio de decisão que era aquele que tínhamos em 2006 quando chegámos, aí há objectivamente um retrocesso», atirou o ex-presidente da Comissão Disciplinar.
O anterior líder deste organismo sublinha ainda qual a sua visão ideal neste quadrante do futebol português: «Um órgão jurisdicional desportivo tem de aspirar sempre à celeridade, mas também tem de aspirar à qualidade e à certeza nas suas decisões e à uniformidade. E isso depende de que, interpreta e de quem exerce essas funções em determinado momento. Neste momento, as pessoas que estão lá foram aquelas que os clubes da Liga elegeram, estão lá legitimamente e a exercer as suas funções, e devem, creio eu, perceber que o órgão jurisdicional desportivo tem uma filosofia própria».
Por fim, questionado se sentia algumas saudades de ser presidente da Comissão Disciplinar da Liga, onde teve a seu cargo casos muito polémicos, como o ‘Apito Final’, Ricardo Costa não se mostrou particularmente saudosista. «Sinceramente estou muito bem como estou, com mais serenidade e tranquilidade».
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