Renato Paiva deixou a formação do Benfica para comandar os equatorianos do Independiente del Valle. Na hora da despedida, o técnico de 50 anos disse à Rádio Renascença que tinha esperanças de ser o escolhido para comandar a equipa principal do Benfica, após a saída de Bruno Lage.
"Havia muita comunicação social a falar no assunto porque entendiam que o treinador da B poderia substituir novamente o da A [Bruno Lage foi promovido da equipa B par a principal no lugar de Rui Vitória em janeiro de 2019], nem que fosse interinamente. Senti que poderia ser o meu nome. Não foi, o presidente certamente tomou a melhor decisão para o clube. Pensei nisso, estava a treinar a B, era um momento de transição e pensei que poderia ser o escolhido. Respeito enorme, continuei focado e continuaria se não surgisse esta oportunidade", disse o técnico.
Ainda à RR, Renato Paiva explicou porque deixou o Benfica para abraçar este projeto ambicioso na América do Sul.
"Entendi que era uma tremenda oportunidade e só deixaria o Benfica por uma grande oportunidade. Permite-me lutar por títulos, o que não é um salto fácil saindo do Benfica B, posso jogar competições internacionais. A filosofia e estrutura do clube é muito parecido ao Benfica, a academia é das mais fortes da América do Sul e isso pesou, porque eles querem o desenvolvimento da academia", explicou.
Sobre Jorge Jesus, Renato Paiva pediu paciência aos adeptos do Benfica, recordando a marca do treinador por onde tem passado.
"Neste calendário onde se joga de três em três dias não há tempo para treinar, só se recupera. Ele precisa de fazer o que sabe melhor, que é treinar e desenvolver jogadores. Não há uma varinha mágica. As pessoas são fãs e escravas da ditadura dos resultados e quando o calendário ficar mais livre, veremos como o Benfica vai jogar", atirou.
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