O futebolista internacional norte-americano Reggie Cannon assumiu hoje estar a realizar a sua “melhor época da carreira” no Boavista, admitindo o “grande significado” dos 82 encontros que disputou pelo clube da I Liga desde 2020/21.
“Tenho evoluído a cada dia que passa e todos os jogos realizados pelo Boavista fizeram-me crescer. Aprendi muito desde que cheguei ao Bessa, joguei em várias posições e em ambientes diferentes e tudo isso me tem ajudado a ser cada vez melhor jogador. Talvez na próxima época possa ser um dos capitães deste grande clube”, frisou o defesa, de 24 anos, em declarações reproduzidas através do sítio oficial dos ‘axadrezados’ na Internet.
Lateral direito de raiz, Reggie Cannon tem atuado preferencialmente como defesa central no conjunto treinado por Petit e completou a 26.ª partida desta temporada na sexta-feira, quando o Boavista se impôs em casa ao Vitória de Guimarães (2-1), na 27.ª jornada do campeonato, e quebrou uma série de três derrotas seguidas e quatro jogos sem ganhar.
“Estávamos a precisar de um bom resultado. A confiança estava um pouco em baixo, já que não vencíamos há alguns jogos, mas esta vitória devolveu-nos essa energia positiva. Houve luta, entrega e esforço, mas nem sempre os resultados apareceram. Mostrámos, porém, que estamos preparados para as grandes batalhas e que estamos prontos para morrer uns pelos outros dentro do campo, algo que faz parte da identidade do Boavista. Foi uma vitória especial, mas, agora, não podemos parar. Queremos mais”, estabeleceu.
O Boavista ascendeu ao 11.º lugar, com 33 pontos, 16 acima da zona de descida direta e 14 face à vaga de acesso ao play-off de permanência, tendo um “espírito positivo” para “voltar a fazer um grande jogo” em Vizela, na segunda-feira, na conclusão da 28.ª ronda.
“Todos sentimos que podíamos, e merecíamos, ter mais pontos, mas o futebol é mesmo assim. Sofremos pela forma como desperdiçamos alguns pontos, pois houve vários jogos em que fomos superiores, mas não podemos fazer nada quanto a isso. Estamos focados em manter um bom nível exibicional e ganhar o máximo de jogos possível até ao final da época”, reiterou o atleta, que chegou ao Bessa oriundo dos norte-americanos do Dallas.
Com 28 internacionalizações e um golo marcado pelos Estados Unidos, Reggie Cannon venceu as últimas duas edições da Gold Cup, mas ficou ausente da convocatória para o Mundial2022, que se realizou entre novembro e dezembro, no Qatar, com a equipa então comandada por Gregg Berhalter a ser afastada nos oitavos de final pelos Países Baixos.
“Confesso que foi duro ter ficado de fora. Honestamente, sinto que merecia ter lá estado. Na altura, falei com vários colegas e todos ficaram em choque com a minha ausência. A opinião de quase toda a gente era de que eu deveria ter sido convocado, mas tenho de respeitar as decisões. Sou uma pessoa forte e não deixei que isso me afetasse. Aos 24 anos, estou muito orgulhoso do que já conquistei na seleção e sinto que, se mantiver o nível atual, vou acabar por regressar. Estou pronto para voltar a ser chamado”, concluiu.
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