O Benfica voltou a dominar o futebol português em 2017, ao conquistar o campeonato, pela quarta vez consecutiva, a Taça de Portugal, selando a ‘dobradinha’ número 11, e ainda a Supertaça, no arranque de 2017/18.
Na segunda época da ‘era’ Rui Vitória, os ‘encarnados’ só deixaram escapar, a abrir o ano, a Taça da Liga, arrebatada, surpreendentemente, pelo Moreirense, que conquistou o seu primeiro ‘grande’ título.
Este desaire não ‘beliscou’, porém, o domínio interno do Benfica, que passou a somar 81 troféus – mais a Taça Latina –, contra 74 do FC Porto e 47 do Sporting, sendo que venceu 12 dos derradeiros 16 disputados em solo luso.
Na competição mais importante, o campeonato, os ‘encarnados’, líderes desde a quinta jornada, ganharam com mais seis pontos do que o FC Porto e 12 face ao Sporting.
O conjunto da Luz somou menos seis pontos e 16 golos marcados do que na época anterior, mas, ainda assim, foi a equipa com mais vitórias (25) e golos marcados (72) e menos sofridos (18).
Sem derrotas entre ‘grandes’ (uma vitória e três empates), o Benfica teve em Pizzi a sua principal figura, secundado por Ederson, Luisão, Lindelöf, Nelson Semedo, Fejsa e Mitroglou, decisivo muitas vezes, na ausência de Jonas, que perdeu meia época, mas voltou a tempo de ser determinante.
O Benfica chegou a um inédito ‘tetra’, à sexta tentativa - falhara em 1938/39, 64/65, 69/70, 73/74 e 77/78 -, e passou a somar 36 títulos, contra 27 do FC Porto e 18 do Sporting, números que os ‘encarnados’ ostentavam em 1986/87 e 1970/71, respetivamente.
O sucesso dos ‘encarnados’ foi o falhanço dos rivais, com o FC Porto a somar o quarto ano sem ganhar, a maior ‘seca’ em mais de 30 anos (cinco entre 1979/80 e 1983/84), e o Sporting o 15.º - já esteve 17 (1982/83 a 1998/99).
Para os ‘leões’, sobrou a consolação individual de o holandês Bas Dost ser o melhor marcador, com 34 golos – o melhor registo desde o brasileiro Mario Jardel (42 pelos ‘leões’, em 2001/02). O argentino Lionel Messi, com 37, ‘roubou-lhe’ a Bota de Ouro.
A formação da Luz juntou o campeonato à Taça de Portugal e somou, três anos depois, a 11.ª ‘dobradinha’, ao bater na final o Vitória de Guimarães por 2-1, ‘vingando’ o desaire face aos minhotos, então de Rui Vitória, em 2012/13.
No Jamor, Raúl Jiménez e Salvio selaram a 26.ª Taça dos ‘encarnados’, que alargaram o ‘fosso’ para os outros dois ‘grandes’, ambos com 16 troféus. Zungu ainda reduziu.
No primeiro encontro oficial da presente temporada, o Benfica conseguiu o ‘triplete’, repetindo 2014, após novo triunfo sobre os minhotos, agora por 3-1, em Aveiro, com tentos de Jonas, Seferovic e Jiménez, contra um de Raphinha.
Foi o terceiro triunfo das ‘águias’ nas últimas quatro edições da Supertaça, competição que só venceram por sete vezes – o FC Porto já ganhou 20 e o Sporting oito.
A única ‘falha’ do Benfica aconteceu na Taça da Liga, prova em que - mesmo fazendo melhor do que FC Porto e Sporting - não passou das meias-finais, derrotado no Algarve pelo Moreirense.
A formação de Moreira de Cónegos começou por bater o Estoril-Praia (1-0 em casa) na segunda fase, para, na terceira, vencer um grupo que incluía FC Porto, que bateu em casa por 1-0, Belenenses e Feirense.
Nas ‘meias’, o conjunto de Augusto Inácio esteve a perder com o Benfica, mas deu a volta e ganhou por 3-1, com um tento de Dramé e dois de Boateng, para, na final, superar o Sporting de Braga por 1-0 e escrever história, com um penálti de Cauê.
O clube de Moreira de Cónegos foi o quarto clube a vencer a prova, em 10 edições, depois de Benfica (sete troféus), Vitória de Setúbal (2007/08) e Sporting de Braga (2012/13).
Para 2018, o Benfica parte com o objetivo ‘penta’, só conseguido pelo FC Porto (1994/95 e 1998/99), mas, após 14 ‘rounds’, segue três pontos atrás de ‘dragões’ e ‘leões’, sendo que, ao contrário dos rivais, já disse ‘adeus’ à Europa – foi a pior equipa da ‘Champions’ 2017/18, com embaraçosos zero pontos.
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