O ex-Presidente da República António Ramalho Eanes considerou hoje que a morte, no sábado, do antigo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, enlutou não só o clube, mas também a cidade, o futebol nacional e o país.

“Creio que a morte de Pinto da Costa terá enlutado não só o Futebol Clube do Porto, mas, também, a cidade do Porto e, ainda, o futebol nacional e, de certo modo, o país”, salientou o antigo chefe de Estado numa mensagem enviada à agência Lusa.

Ramalho Eanes realçou que, com a morte de Pinto da Costa, aos 87 anos, o FC Porto perdeu um “líder que o promoveu de clube regional a clube nacional, dominante, respeitado, também, no futebol europeu e, mesmo, mundial”.

“Perdeu a cidade do Porto um portuense insigne e dedicado, que lhe ofereceu, além do futebol de exceção, vitórias e mobilização popular, um leque alargado de outras modalidades desportivas, de qualidade e sucesso também”, destacou.

O ex-presidente da República considerou ainda que a cidade do Porto perdeu “um líder ímpar, que contribuiu para tornar mais coesa e personalizada a sociedade civil portuense e mostrar que uma liderança de sucesso, sustentado, tem de ser capaz de descobrir e aproveitar oportunidades, com ambicioso propósito e estratégias inteligentes e adequadas”.

“Pinto da Costa era um homem que tinha, também, a grande virtude de manter, com os amigos, uma fidelidade e sensibilidade exemplares”, sublinhou Ramalho Eanes, que apresentou à família do antigo dirigente desportivo as sentidas condolências.

Jorge Nuno Pinto da Costa, que foi o dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu no sábado aos 87 anos, vítima de cancro.

Tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e o seu estado de saúde agravou-se nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.