O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol arquivou a participação apresentada contra Frederico Varandas pelo Conselho de Arbitragem. Em causa estavam as críticas do dirigente leonino a João Pinheiro, juiz do encontro do Sporting diante do Vitória de Guimarães, que terminou com a derrota dos leões.
Entre outros comentários, o presidente do Sporting tinha afirmado que o juiz de Braga "é um dos árbitros mais bem classificados, mas que se fosse pelos jogos do Sporting seria despromovido”, acrescentando que “não há um sportinguista que não esteja traumatizado quando vê João Pinheiro".
Ao jornal 'O Jogo', Lúcio Correia, professor de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa, explicou que "o Conselho de Disciplina considerou que os factos por si só não configuram ilícito disciplinar".
Quem não tardou a reagir foi Francisco J. Marques. Através das redes sociais, o diretor de comunicação do FC Porto confessa-se surpreendido não só pela decisão, mas também pela rapidez com que a mesma foi tomada.
"O supersónico arquivamento pelo CD da queixa do CA, sem sequer o transformar em inquérito ou processo disciplinar, não é compaginável com o comportamento do mesmo CD em tantas outras declarações, muitas delas de mim próprio, lembrou J. Marques.
Na mesma publicação, o diretor de comunicação dos azuis e brancos questiona ainda o teor da justificação para o arquivamento da queixa, recorrendo ao código em vigor pelo qual, na sua opinião, se deve reger o Conselho de Disciplina.
"Veja-se o teor do art. 225.º e 226.º do Regulamento Disciplinar, que parece dizer que apenas serão arquivadas, sem necessidade de instauração de processo disciplinar, as participações disciplinares anónimas ou que não digam respeito a factos concretos. Parece-me óbvio que a participação do CA relativo a Varandas não será anónima e diz respeito a factos concretos."
Segundo o mesmo jornal, a queixa terá sido arquivada no dia 12 de Dezembro, ou seja, três dias após terem sido proferidas as declarações de Frederico Varandas.
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