O Boavista antevê dificuldades no encontro fora com o Vitória de Setúbal, na segunda-feira, para 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, ma está confiante após a vitória "muito boa e inequívoca" diante do Sporting Braga.
Com o treinador principal, Lito Vidigal, ainda a cumprir castigo pela expulsão na derrota dos ‘axadrezados’ no terreno do Desportivo de Chaves, na terceira eliminatória da Taça de Portugal, a antevisão desse encontro com os setubalenses coube ao técnico-adjunto.
O professor Neca afirmou que o Boavista vai a Setúbal depois de uma vitória "muito boa e inequívoca" diante do Braga e "isso dá mais confiança à equipa e a toda a estrutura, porque é sempre muito melhor trabalhar-se em cima de vitórias".
O Setúbal encontra-se numa fase de indefinição quanto à sua liderança da sua equipa técnica, exercida para já interinamente pelo antigo futebolista Meyong, mas o Boavista não vê que essa circunstância possa jogar a seu favor.
"Meyong é uma personalidade de que os vitorianos gostam e é uma pessoa boa e de bom senso. Vamos encontrar uma equipa que é muito segura e que em casa, neste campeonato, ainda não perdeu. As suas únicas derrotas foram com o Benfica e com o FC Porto", salientou o professor Neca, antevendo por isso "problemas".
Ainda assim, acrescentou, o Boavista "vai querer ganhar a uma equipa bem sustentada em termos defensivos, com jogadores que já se conhecem muitíssimo bem e rápidos".
O treinador destacou o avançado argelino Ghilas, que na sua ótica acrescentou "maior critério naquilo que tem sido a grande dificuldade" do Vitória de Setúbal nesta época, a finalização. Com nove jornadas disputadas, os sadinos têm dois golos marcados.
"Hildeberto também é um jogador extremamente rápido e potente, o meio-campo é criativo. É uma equipa que, em relação à época passada, foi bem ajustada para fazer um campeonato ao nível daquilo que é a história do Vitória de Setúbal", completou.
O professor Neca afirmou que, "em termos de organização e estratégicos, não existe equipa em Portugal mais bem trabalhada do que o Boavista, o que se deve à capacidade e à inteligência dos seus jogadores e ao trabalho que é feito diariamente" por toda a estrutura boavisteira.
"É possível com pouco, em termos de orçamento, fazer muito. Há aqui uma otimização enorme de recursos humanos que o Boavista tem à sua disposição. Os nossos jogadores estão bem potenciados em todos os domínios", reforçou.
O técnico recordou que o Boavista vai em "nove jogos sempre a pontuar" na Liga deste ano, "mais quatro que vêm da época passada com vitórias consecutivas", o que a seu ver reflete "uma linha de trabalho que deve ser realçada", porque os recursos são os possíveis num Boavista ainda sob os efeitos de uma fase difícil da sua história.
O professor Neca respondeu às declarações do treinador do Braga, no sábado, na antevisão do encontro com o Famalicão, segundo das quais este será "um jogo mais disputado e aberto do que com o Boavista, que meteu o ‘autocarro'".
"Se o Boavista pudesse ter metade do orçamento do Sporting de Braga estaria já perto do ‘Boavistão’", disse, considerando que Ricardo Sá Pinto "tem muito que fazer a olhar para a casa dele, porque aquela equipa do Braga tem jogadores para fazer muito mais".
O avançado internacional angolano Mateus, de 35 anos, esteve em foco diante do Braga, tendo feito o 2-0 final, e encontra-se a um jogo de chegar aos 500 encontros, o que "em situações normais" acontecerá com o Setúbal, segundo o treinador.
"500 jogos é um número fantástico que só está ao alcance dos grandes profissionais e dos grandes jogadores como Mateus", elogiou, acrescentando que o jogador "está aí para as curvas para continuar a brilhar como no último jogo".
O Vitória de Setúbal, 13.º classificado, com nove pontos, recebe na segunda-feira, às 21:00, o Boavista, sexto, com 15, em jogo da décima jornada da I Liga portuguesa de futebol.
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