Miguel Pinto Lisboa, presidente do Vitória de Guimarães, foi à sala de imprensa pronunciar-se sobre o episódio protagonizado por Moussa Marega, que pediu para ser substituído devido a insultos racistas.
O dirigente condenou o comportamento dos adeptos no D. Afonso Henriques, mas aponta que houve provocações por parte de jogadores do FC Porto.
"O Vitória Sport Club tem como cores o preto e branco porque na génese tem a igualdade de raças. Também nós temos jogadores de todas as cores e raças. Promovemos a igualdade de género e raça no desporto. Não nos revemos nestes comportamentos que possam ferir esta igualdade. Se algum dos adeptos do Vitória teve comportamento destes o clube vai tomar as medidas correspondentes. No entanto, houve comportamentos provocatórios de profissionais de futebol que pretenderam incendiar o espetáculo. O Vitória promove a igualdade e na sua génese tem esses princípios. Na entrada do estádio existe uma frase alusiva a isso mesmo", começou por dizer.
"Não me apercebi de insultos racistas, apercebi-me de uma atitude provocatória de um atleta para a bancada. Vamos apurar se houve esses comportamentos. Se houve vamos atuar. O caso não é inédito. O atleta já foi jogador do Vitória e também já quis abandonar uma partida e não teve nada a ver com questões de racismo. Tem a ver com o seu perfil", continuou.
"Mas não nos revemos e condenamos. É a posição oficial do Vitória. Volto a dizer, não tive perceção de insultos racistas, mas sim de um atleta com determinada atitude que incendiou as bancadas. Se houve, o árbitro tem de interromper até que os insultos cessem", vincou.
Marega, que passou pelo Vitória de Guimarães antes de se transferir para o FC Porto, pediu para abandonar a partida no D. Afonso Henriques depois de ter sido vítima de insultos racistas.
Decorria o minuto 70 quando Marega pediu a sua própria substituição. O avançado portista marcou o 2-1 e os adeptos do V. Guimarães não gostaram dos festejos do maliano.
Alegadamente, Marega acabou mesmo por ser alvo de insultos racistas, pedindo ao treinador para abandonar a partida. Os responsáveis do FC Porto tentaram impedir, mas o avançado maliano estava determinado. Vários companheiros de equipa e alguns adversários tentaram demovê-lo, mas a decisão estava mesmo tomada por parte de Marega.
“É uma vergonha”, diz Sérgio Conceição, condenando os insultos racistas vindos da bancada.
Comentários