O presidente do Gil Vicente, António Fiúza, afirmou hoje que a atual direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) “não tem condições para continuar”, após ter adiado a votação para a integração do clube na I Liga.
“Esta direção não tem condições para continuar à frente dos destinos da Liga”, afirmou o dirigente do emblema de Barcelos, após abandonar a Assembleia Geral extraordinária, cujo ponto principal era de repescar administrativamente o Gil Vicente para a época 2016/17, em “cumprimento da decisão proferida pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa no âmbito do processo comummente designado Caso Mateus”.
Dando voz à sua indignação, o líder do Gil Vicente afirmou, à saída da reunião magna: “Como foi retirado esse ponto, por indicação da direção da Liga, não íamos estar lá a fazer nada”.
Fiúza disse não entender o recuo, aprovado por 37 dos 47 votos presentes (apenas o Gil Vicente e o União da Madeira votaram contra), argumentando que “até a Liga já tinha decidido não recorrer, tal como a Federação, que, quatro dias depois de notificada, decidiu que ia acatar a decisão" do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa.
“A maioria dos associados entendeu assim, mas fiz-lhes ver que poderia haver milhões de prejuízos para a Liga, em termos de indemnização”, disse o presidente gilista.
Afirmando-se "traído por alguém", António Fiúza referiu ter havido "uma situação menos clara", que não entendeu, mas insistiu na tese de que “as pessoas terão que assumir as suas responsabilidades”.
“Há oito dias, disseram que iam acatar a recomendação da Federação, mas houve, agora, um volte face”, retorquiu, acrescentando: “A Liga disse que não iria recorrer, agora está a basear-se na tese de que (a decisão do tribunal) não transitou em julgado".
Para Fiúza, “quem esperou 10 anos, espera mais um ou dois, pois justiça é repor o Gil Vicente na I Liga”.
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