O presidente do Estoril Praia considerou hoje “lamentável” o que considerou ser um aproveitamento para efeitos de “politiquice local” dos problemas detetados numa bancada do Estádio António Coimbra da Mota.
Em declarações à agência Lusa, Alexandre Faria, que acompanhou enquanto presidente do clube o processo de ampliação da infraestrutura, manifestou-se confiante de que o relatório a elaborar pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o incidente “irá confirmar a segurança da estrutura instalada e dissipar a tentativa de confusão que se está a querer lançar”.
“Lamento profundamente que haja agora algumas pessoas que têm proferido opiniões completamente mentirosas e descabidas e que não têm rigorosamente nada a ver com a realidade dos factos (…) A obra cumpriu não apenas todos os requisitos requeridos em termos técnicos, como foi devidamente acompanhada e teve o escrutínio rigoroso de entidades como a UEFA, a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga de clubes e todas as entidades públicas que tinham de se pronunciar”, sublinhou.
O encontro disputado na segunda-feira entre o Estoril Praia e o FC Porto, da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, foi interrompido ao intervalo devido a problemas de segurança numa das bancadas do Estádio António Coimbra da Mota, que motivaram a sua evacuação e obrigaram centenas de adeptos dos ‘azuis e brancos’ a descer para o relvado.
Os dois clubes, a liga de clubes e elementos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Câmara Municipal de Cascais estiveram hoje no recinto, para analisar os problemas na estrutura da bancada norte.
Os ‘canarinhos’ reconheceram na segunda-feira que a bancada norte tinha tido um abatimento ao centro, o que obrigou à retirada dos adeptos e ao adiamento da segunda parte do encontro, numa altura em que o Estoril Praia vencia por 1-0.
“Esta obra cumpriu todas as necessidades e foram apresentados todos os projetos necessários, como se de um processo de licenciamento normal se tratasse. Além disso, ao longo destes últimos tempos tem tido todas as vistorias, quer da UEFA, quer da Liga, quer da Federação Portuguesa de Futebol, quer das entidades que se podiam pronunciar, sempre com opiniões favoráveis à obra”, insistiu o responsável do Estoril Praia.
Alexandre Faria sustentou, de resto, que “não houve nenhum abatimento” da infraestrutura, “nem nenhuma circunstância de perigo para as pessoas”.
“O jogo não foi retomado, não por falta de segurança da infraestrutura, mas por falta de segurança das pessoas, porque houve uma deslocação de adeptos da equipa adversária e que ocuparam em número excessivo uma zona do estádio”, argumentou.
Já hoje, em comunicado, a Câmara Municipal de Cascais assegurou que a construção da nova bancada do Estádio António Coimbra da Mota foi vistoriada pelas entidades nacionais e internacionais, salientando que a Liga também faz vistoria antes do início da época.
“A obra foi vistoriada pelas entidades nacionais e internacionais competentes, atendendo a que a nova bancada veio cumprir um requisito da UEFA. Mais, as instalações do estádio são vistoriadas pela Liga Portuguesa de Futebol e demais entidades no arranque de cada época”, refere a Câmara de Cascais.
A segunda parte do encontro entre o Estoril Praia e o FC Porto, da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, vai disputar-se em 21 de fevereiro, anunciaram hoje a Liga e os dois clubes.
À entrada para a 18.ª jornada, o FC Porto liderava o campeonato, estando agora na segunda posição a um ponto do Sporting, que no domingo derrotou o Desportivo das Aves, por 3-0.
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