O presidente do Boavista mostrou-se hoje indignado com a anulação de um golo ao futebolista croata Petar Musa pelo videoárbitro (VAR), após o empate na receção ao Gil Vicente (1-1), na abertura da 18.ª jornada da I Liga.
“Está claro que o golo anulado é limpo. Quem faz o passe que isola o Petar Musa é o jogador do Gil Vicente [Vitor Carvalho] e não o Gaius Makouta. Isto é um facto. Agora, a subjetividade de apreciação deste lance do senhor Rui Oliveira fez com que o Boavista saísse prejudicado neste jogo, como também é um facto que ele não tem qualidade para ser VAR”, criticou Vítor Murta, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, no Porto.
O avançado croata teve dois golos anulados na segunda parte, aos 49 e 77 minutos, ambos devido a situações de fora-de-jogo detetadas pelo videoárbitro, num jogo em que as ‘panteras’ se adiantaram no marcador aos quatro minutos, por intermédio do congolês Gaius Makouta, mas o brasileiro Samuel Lino repôs a igualdade para os ‘galos’, aos 67.
“Agradeço ao senhor Rui Oliveira pelo presente que me deu hoje, um dia depois de ter sido reeleito presidente do Boavista por mais três anos. Decidiu premiar-me com este trabalho que ficou aos olhos de todos. Um trabalho fantástico e excelente de quem incompreensivelmente não pode ser árbitro de campo, mas pode ser VAR”, prosseguiu.
Sem querer colocar em causa o “caráter, idoneidade e seriedade” de Rui Oliveira, mas apenas a “qualidade para ser videoárbitro”, Vítor Murta desejou que o recurso a essas imagens por parte da equipa de arbitragem em pleno jogo seja “repensado por todos”.
“Achamos que o VAR é um instrumento bom para o futebol e eu concordo. Depois, temos de perceber quem é que está por trás do videoárbitro. O senhor Rui Oliveira não tem qualidade. Enquanto presidente do Boavista, tenho o direito de mostrar a indignação de todos os boavisteiros sobre o trabalho feito pelo VAR neste jogo”, terminou o dirigente.
O Boavista isolou-se provisoriamente no 10.º lugar da I Liga, com 18 pontos, enquanto o Gil Vicente mantém-se na quinta posição, de acesso às provas europeias, com 27.
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