Com 55,1 por cento de forasteiros, a Liga portuguesa de futebol é a segunda da Europa com maior percentagem de jogadores estrangeiros, ficando apenas atrás do campeonato do Chipre (70,3), onde joga a maior falange de portugueses.
Segundo o "Estudo Demográfico", elaborado anualmente pelo "Observatório do Futebol" (CIES Football Observatory), a que a Agência Lusa teve acesso, dos 408 futebolistas que atuam nas 16 equipas da Liga lusa, 225 são estrangeiros, o que significa um decréscimo de apenas cinco atletas forasteiros relativamente a 2010.
Os números, que dizem respeito ao início da presente época, colocam Portugal na segunda posição do "ranking" e acima da média europeia (34,9 por cento), sendo apenas superado pelo Chipre, onde 70,3 por cento são estrangeiros, o que corresponde a 234 jogadores nas 14 formações que disputam a Liga principal daquele país.
Em termos percentuais, Portugal supera, por exemplo, as ligas inglesa (286 estrangeiros em 20 equipas), italiana (262 em 20), alemã (204 em 18), espanhola (183 em 20) e francesa (138 em 20), denominadas como "big 5".
FC Porto e Benfica, ambos com 76 por cento de estrangeiros, lideram a nível nacional, enquanto o Feirense é o clube com menor percentagem de atletas forasteiros (28 por cento).
Os clubes nacionais mantiveram a preferência por atletas brasileiros, com 130 a atuarem na Liga, o que corresponde a 31,8 por cento do total de jogadores, embora também neste particular tenha existido um decréscimo em comparação com 2010, quando havia 141 "canarinhos".
Este registo corresponde a quase 25 por cento do total de futebolistas brasileiros espalhados pelas 33 primeiras divisões europeias incluídas neste estudo (528), que volta a colocar o Brasil como principal fornecedor de atletas para o mercado europeu, à frente da França (247), Sérvia (228) e Argentina (211).
Já Portugal, ocupa a quinta posição entre os mais representados a nível europeu, com 132 jogadores, mais 10 do que em 2010, destacando-se, neste aspeto, a principal divisão do Chipre, onde atuam 33 jogadores lusos.
Espanha, com 22 portugueses, e Roménia, com 20, aparecem no encalço dos cipriotas, numa lista onde consta um total de 21 países a apostar no "produto nacional".
Entre os clubes que mais contratações fizeram para esta época, encontra-se a União de Leiria, que recrutou 19 novos jogadores (a média europeia é de 11,1), que correspondem a 79,2 por cento do plantel e que colocam os leirienses no quinto lugar do "top-15" dos clubes europeus com maior número de contratações para a nova época.
A formação do Lis ocupa a liderança do "ranking" nacional, no qual Benfica e Sporting, ambos com 16 novos atletas, situam-se no terceiro posto, atrás do Paços de Ferreira (18) e em contraste com o rival FC Porto, que foi o clube menos ativo em solo luso (sete novos atletas).
O "Estudo Demográfico" reúne informações sobre idade, estatura, posições, nacionalidade, emigração e internacionalizações sobre 12.410 jogadores, que jogam em 500 clubes de 33 ligas europeias.
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