O treinador do Portimonense disse hoje que a equipa quer vencer na deslocação de sábado a Paços de Ferreira, para a 21.ª jornada da I Liga de futebol, para ultrapassar um janeiro “muito complicado” e sem vitórias.
“Apesar de não termos vitórias em janeiro, um mês muito complicado, não ‘andámos aos papéis’. Há razões diversas para não termos somado os pontos que queríamos, mas temos de nos focar no nosso processo de jogo, capacidades e responsabilidades, para discutir o jogo e trazer de lá os pontos”, referiu Paulo Sérgio, na antevisão à partida.
A equipa algarvia soma seis jogos sem ganhar na I Liga, quatro deles disputados em janeiro, aos quais se soma também a eliminação caseira da Taça de Portugal frente ao Mafra.
“O ciclo não é bom, mas não temos de olhar para isso. Em primeiro lugar, um desejo forte: treinámos o jogo com 11, para competir pelo jogo até final”, acrescentou o técnico do Portimonense, numa alusão ao facto de a equipa ter terminado os dois últimos encontros em inferioridade numérica.
Em relação ao Paços de Ferreira, Paulo Sérgio destacou que “somou pontos importantes em janeiro” e que “vive um momento positivo, já mais adaptado às novas ideias do César [Peixoto]”.
“Paços é Paços, é um clube com alma, gente forte. Sabemos que é sempre difícil jogar em Paços e é para essas dificuldades que nos preparámos”, acrescentou, sobre um emblema que também já orientou e levou a uma final da Taça de Portugal, em 2009, sendo derrotado pelo FC Porto (1-0).
Questionado sobre o fecho de mercado, Paulo Sérgio admitiu que continua com “dores de cabeça”, uma vez que no Brasil, na Turquia e no leste europeu ainda não fecharam as inscrições e “há gente no grupo a ser cobiçada”.
No último dia de janeiro, chegaram Sapara, “um jogador com características similares ao Aylton Boa Morte”, que saiu para os Emirados Árabes Unidos, Dacosta, “um lateral que pode jogar nas duas alas”, e Ricardo Matos, “mais um jovem ponta de lança, com potencial grande para ser desenvolvido”.
O treinador do Portimonense ainda tinha a esperança de “adicionar um ponta de lança experiente, com créditos, que faz falta ao grupo, mas não foi possível”, lamentou.
“Não é fácil estar constantemente a desenvolver jovens e conseguir resultados em simultâneo. Temo-lo feito de forma satisfatória, mas, com um homem mais experiente e matador na frente, poderíamos ter muitos mais pontos. Cabe-me insistir nestes miúdos e responsabilizar cada vez mais o Fabrício [um golo em 13 jogos na Liga], que tem de nos dar golos. É o nosso homem mais experiente e tem de se chegar à frente, tem de ajudar a somar enquanto precisamos de tempo para desenvolver os miúdos”, concluiu.
O Paços de Ferreira, 12.º classificado com 20 pontos, recebe no sábado Portimonense, oitavo com 25, em jogo marcado para o Estádio Capital do Móvel, às 18:00, com arbitragem de Luís Godinho, da associação de Évora.
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