A Polícia Judiciária lançou na manhã desta quinta-feira uma operação relacionada com suspeitas de falsificação de testes de COVID-19 no futebol.

O Ministério Público explica, em comunicado, que "na origem desta investigação está uma viagem de avião, para o estrangeiro, realizada por jogador de futebol profissional alegadamente infetado com COVID-19".

"Um ato atuação suscetível de configurar a prática de crime de propagação de doença, alteração de análise ou de receituário, previsto e punido com pena de prisão de um a oito anos", pode-se ler no comunicado.

De acordo com a Ministério Público, foram feitas "cerca de uma dezena de buscas designadamente domiciliárias e a laboratórios de análises clínicas" no Algarve e no Porto.

Entre os clubes está o FC Porto. O emblema azul e branco confirmou, em comunicado, de que foi alvo de "buscas no âmbito da investigação ao resultado de um teste à Covid-19" realizado por um jogador.  O clube escreve que "como sempre", colaborou com a Justiça na recolha de todos os elementos solicitados para a investigação em curso.

Não há, porém, qualquer indicação sobre o jogador em causa, embora o Jornal de Notícias esteja a avançar tratar-se do japonês Nakajima. O japonês foi emprestado pelo FC Porto, no início deste ano, ao Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos.

Leia o comunicado do FC Porto na íntegra

"A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD vem informar que no dia de hoje, 20 de Maio de 2021, decorreram buscas nas suas instalações e no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no âmbito de uma investigação que tem por objecto o resultado do teste à COVID-19 necessário para a viagem realizada em Janeiro de 2021 por um jogador do seu plantel principal.

A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, como sempre, colaborou com a Justiça na recolha de todos os elementos solicitados para a investigação em curso."

A operação 'Covid free' contou com magistrado Judicial, magistrados do Ministério Público e elementos da UNCC, da Polícia Judiciária e ainda um elemento do INSA – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge "para pesquisa, análise e eventual apreensão de documentação e outra matéria probatória, a ser posteriormente analisada".