O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considerou hoje que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apresentado na terça-feira, “esquece o papel do desporto”, que continua “à margem e deve merecer muito mais respeito”.
Pedro Proença recorreu à rede social Facebook para manifestar o seu desagrado, igualmente mostrado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) e pela Confederação do Desporto de Portugal (CDP).
“O Desporto continua à margem no Plano de Recuperação e Resiliência apresentado pelo governo, que terá previsto um financiamento da União Europeia com verbas que ascendem aos 50 mil milhões de euros, a fundo perdido, contrariando as próprias recomendações de Bruxelas e de o incluírem nessas ajudas”, escreveu Pedro Proença.
Além de considerar que “o papel fundamental do desporto e a atividade social ficam esquecidos no tecido social”, o presidente da Liga alerta para as “evidentes consequências da paralisação dos escalões de formação, nomeadamente, no futebol”.
Por fim, Proença pede “incentivo e galvanização a um setor que não pode servir apenas para vangloriar os políticos nos momentos de júbilo e que, na hora da verdade, fica fora da agenda”, exigindo “respeito e apoio, sob pena de sacrificar o futuro do talento nacional”.
O Governo colocou na terça-feira em consulta pública a versão preliminar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13.900 milhões de euros em subvenções.
Também hoje, o Comité Olímpico de Portugal (COP) apontou, em comunicado, que “não fazem parte do roteiro muitas das preocupações enunciadas no documento de base, Estratégia Portugal 2030, designadamente no domínio da atividade física e desportiva das populações”.
Por sua vez, o Comité Paralímpico de Portugal (CPP) considerou positiva a inclusão de uma estratégia nacional para pessoas com deficiência no plano apresentado, enquanto a Confederação do Desporto de Portugal (CDP) falou em “desilusão”.
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