O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, respondeu ao presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, que tinha lamentado as críticas feitas pelo dirigente do clube portista.
"Assisti ao início de uma entrevista na RTP3 em que o sr. Joaquim Evangelista começava logo por defender que o campeonato não devia ser retomado e que os jogadores não queriam jogar, por estarem preocupados com a saúde das suas famílias", começou por dizer.
"Tudo o que sejam opiniões do senhor Evangelista eu não discuto porque ele tem o direito a tê-las, mas não pode dizer aquilo. Falei pessoalmente com os nossos capitães e todos querem jogar", garantiu Pinto da Costa em declarações ao jornal 'O Jogo'.
O dirigente portista esclareceu ainda que já falou com os presidentes de outros clubes. "Disseram-me o mesmo a respeito dos jogadores deles. Todos têm vontade de jogar, portanto, ele não pode afirmar uma coisa que não corresponde à verdade. O resto que o sr. Evangelista faz ou pensa não me diz respeito. Agora nem há evangelhos, as igrejas estão fechadas e não há missas", acrescentou.
Por fim, Pinto da Costa esclareceu que a única coisa que fez "foi rebater a afirmação dele, por não ser verdade o que disse, nem faz sentido. Vão pôr em perigo em famílias? As famílias estão sempre em perigo. De resto, as minhas preocupações não passam pelas opiniões do presidente do Sindicato de Jogadores."
Recorde-se que na quarta-feira, o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol lamentou que alguns clubes, incluindo o FC Porto, se “entretenham” a criticar o organismo, numa altura em que “o mais importante é encontrar soluções”.
Na origem do desentendimento está a cimeira entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga de clubes, na qual o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, deixou duras críticas ao sindicato e ao seu líder, por ter afirmado numa entrevista que os jogadores não querem regressar aos relvados, devido ao surto do novo coronavírus.
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