Paulo Pereira Cristóvão, ex-vice-presidente do Sporting, negou esta quarta-feira qualquer espionagem a jogadores do Sporting, nomeadamente Rui Patrício, sendo, sim «proteção de ativos».
«Acha que quem investe 42 milhões de euros em ativos não se acautela? Não é andar a seguir. É certificar de que escolhem os melhores colégios, que lhe indicam os melhores sitios para sair à noite. Há quem os proteja», disse Cristóvão em entrevista à TVI, acrescentando: Sabem quem andou a expiar [Rui Patrício]? Foi o Correio da Manhã, que se foi por à porta dele».
Na mesma entrevista, Pereira Cristóvão, que de demitiu do cargo de vice-presidente há duas semanas, frisou que no final do processo «não é Paulo Pereira Cristóvão que fica em causa. É o Sporting», o que o levou a pedir a demissão.
«A decisão foi minha sair. De mais ninguém. Estava a ganhar contornos ridiculos e tive de por de lado esse grande amor», disse.
Além disso, o ex-dirigente leonino garantiu que sempre teve a solidariedade da estrutura leonina e que 15 meses não auferiu nada do Sporting. «Até hoje auferi zero do Sporting».
Quanto às empresas com quem o Sporting tinha contrato e que alegadamente pertencem a Cristóvão, garante que «não há qualquer ilegalidade» e que «o presidente tinha conhecimento deste contrato».
Ainda no caso que despoletou toda esta situação, com os dois mil euros depositados na conta do árbitro José Cardinal, Pereira Cristóvão voltou a referir que não tem a ver com o depósito.
«Em nenhum momento mandei quem quer que fosse depositar dinheiro na conta de um árbitro ou depositei. Nem alguém dentro do Sporting», rematou.
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