Dias depois de ter anunciado o final da carreira futebolística, Rúben Amorim foi convidado do programa de Rui Unas, ‘Maluco Beleza’, em que falou sobre os condicionamentos de que um jogador é alvo na sua carreira, nomeadamente o facto de não ter muita liberdade de expressão.
“Tens quatro jornais, tens agora os blogs, tens Facebook e tudo o que dizes pode ser usado contra ti ou contra o clube. Há decretos do clube em que és multado se não seguires essas regras de imprensa e exposição. Depois pensam que os jogadores são limitados, eles têm é de dizer sempre a mesma coisa: 'Foi um bom jogo', 'A equipa é que conta'”, explicou o ex-jogador dos ‘encarnados’.
“Se ainda fosse jogador quase de certeza que não estaria aqui. Nós não temos muita liberdade de expressão”, reforçou Rúben Amorim. "Às vezes até temos outra opinião, mas não podemos e acho que fazemos bem porque pode complicar a vida do clube", acrescentou.
O jogador falou ainda sobre como todos os passos de um atleta são seguidos e analisados ao pormenor, exemplificando: "Se seguires o Facebook de um clube, dizem logo que estás a investigar e a tratar da mudança para esse clube.”
Com 18 golos apontados no somatório dos clubes por onde passou, o antigo jogador dos ‘encarnados’ não esquece aquele que mais o marcou. E quem estava na baliza adversária.
“O mais importante foi na final da Taça da Liga, um que marquei ao Nuno [Espírito Santo]. Ele teve um lance infeliz, num remate fácil, e esse foi numa altura importante para mim, tinha tido uns problemas. Foi numa final e foi contra o FC Porto. Não sou anti-FC Porto nem anti-Sporting, sou no Benfica, mas marcar numa final contra o FC Porto foi emblemático”, contou.
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