O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, repudiou hoje o episódio de violência que aconteceu no domingo, no jogo entre o Rio Tinto e o Canelas, com agressão de um jogador a um árbitro.
Apesar do incidente se ter passado fora da esfera do futebol profissional, que Pedro Proença tutela, o dirigente considerou que o incidente "é um caso de polícia".
"É um problema que está a acontecer no futebol não profissional, e tenho de repudiar estes atos de barbárie que têm acontecido. São casos de polícia, que nada espelha a qualidade do futebol em Portugal", sublinhou.
Pedro Proença antecipou "que todos os agentes do futebol profissional e não profissional vão dar uma resposta muito eficaz" ao que aconteceu, considerando que este caso deve promover uma reflexão aprofundada.
"Temos de repudiar estes atos, nomeadamente as 44 agressões a árbitros que já aconteceram no futebol não profissional. Isso tem de nos levar a uma reflexão muito profunda, porque todos somos responsáveis e exigem-se medidas drásticas para que isto não volte a acontecer", sublinhou.
Como ex-árbitro, que também já foi alvo de um episódio de violência, quando foi agredido por um adepto, Pedro Proença deixou uma mensagem para José Rodrigues, o árbitro agredido no Rio Tinto-Canelas, na divisão de elite da Associação de Futebol do Porto.
"Deixo-lhe palavras de muito ânimo, porque sei o que o meu ex-colega está a passar. Mas o que não nos mata torna-nos mais fortes, e estou certo que ele será muito mais árbitro amanhã", transmitiu.
Pedro Proença, que abordou este assunto à margem do Fórum de Treinadores, promovido, em Gondomar, pela Associação Nacional de Treinadores e Futebol, quis estender a sua solidariedade a toda a classe da arbitragem.
"As equipas de arbitragem são verdadeiros heróis neste nosso futebol", rematou.
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