O agente de futebolistas Pedro Cordeiro acredita que o valor do plantel do Sporting está imune à 'crise' do clube, considerando que a qualidade individual dos atletas se sobrepõe a fatores externos ao seu potencial.
“Muito honestamente, acho que o valor do plantel não mexe, pois os jogadores estão todos identificados. São internacionais. Em termos de desvalorização, por si só, julgo não existir. Devido ao que se tem passado podem é eventualmente querer sair no fim da época, mas isso são coisas distintas”, disse.
Em declarações à Lusa, o empresário duvida mesmo de que o período conturbado que os ‘leões’ têm vivido afete o rendimento dos profissionais do plantel principal, cujo valor de mercado, de acordo com o site especializado Transfermarkt, ascende a 197 milhões de euros.
“Pode baixar, mas também pode subir, para mostrarem que não foi uma situação justa. Cada mente é que vai ditar o comportamento individual. Quero crer que isto é até um motivo para maior união do plantel e jogadores. Ainda vai torná-los mais fortes para provarem que a situação foi anormal”, reforçou.
Pedro Cordeiro insiste em que “é a qualidade” a ditar o valor de mercado de um futebolista – “e o plantel do Sporting está inundado dela” – defendendo ainda que “os resultados desportivos” são um importante complemento.
O agente desvaloriza o possível impacto que os processos disciplinares abertos, e retirados na quarta-feira, contra jogadores que partilharam uma mensagem de repúdio às críticas do presidente, Bruno de Carvalho, após a derrota, por 2-0, na visita ao Atlético de Madrid nos quartos de final da Liga Europa.
“Se fossem casos isolados, um ou dois futebolistas, ainda poderia haver uma eventual desvalorização. Sendo um leque tão vasto e tendo em conta as circunstâncias, entendo que não”, insiste.
Pedro Cordeiro defendeu ainda que “o futebol português – e não apenas o Sporting - precisa, acima de tudo, de serenidade e paz”.
As críticas de Bruno de Carvalho à equipa de futebol após a derrota com o Atlético de Madrid (2-0), na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, motivaram uma reação do plantel e a abertura de duas dezenas de processos disciplinares, que entretanto foram retirados pela administração da SAD ‘leonina’.
O sucedido deu também lugar a uma crise institucional, depois de o presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube, Jaime Marta Soares, ter afirmado que Bruno de Carvalho não tinha condições para continuar, antes de a Holdimo, maior acionista externo da SAD, ter solicitado uma AG para debater a situação interna.
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