Pedro Caixinha, que começou a época à frente da União de Leiria - de onde saiu à terceira jornada -, apresentou um pedido de penhora por falta de pagamento de 84.000 euros, verba resultante do acordo de rescisão do contrato com a SAD leiriense.
O documento estipulava o pagamento ao técnico de 48.000 euros, repartidos por prestações mensais de seis mil euros.
A partir de outubro, contudo, Pedro Caixinha deixou de receber da União de Leiria, pelo que a dívida cresceu para 84.000 euros, tal como estipulado na cláusula penal do acordo de rescisão.
No requerimento de penhora à União de Leiria SAD são indicados como bens as contas bancárias, receitas dos direitos de transmissão televisiva dos jogos e dos patrocínios, direitos de transferência de 11 jogadores do plantel e o montante apurado da venda de bilhetes dos jogos das competições em que está envolvida a União de Leiria.
De acordo com a representante legal de Pedro Caixinha, nos últimos meses o técnico tentou uma conciliação, solicitando o pagamento dos créditos em falta, o que não aconteceu. Assim, o técnico avançou com uma ação por incumprimento definitivo do acordo de revogação de contrato de trabalho.
Do pedido de penhora consta especificamente a receita do jogo da 25.ª jornada da Liga, entre a União de Leiria e o Sporting, a realizar no Estádio Municipal da Marinha Grande, no domingo. O Sporting também foi notificado, relativamente à receita da venda dos bilhetes que forem cedidos aos "leões" para aquele encontro.
Também o resultado da venda do médio Tiago Terroso ao Chernomorets Odessa, da Ucrânia, em fevereiro, é exigido para penhora por Pedro Caixinha.
As dificuldades financeiras da União de Leiria são publicamente assumidas pela SAD. A equipa tem atualmente dois meses de ordenados em atraso e, na semana passada, um pedido de insolvência foi entregue no Tribunal de Leiria por uma agência de viagens de Fátima que reclama o pagamento de 5.001 euros.
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