Paulo Pereira Cristóvão, antigo vice-presidente do Sporting, relembrou esta quinta-feira a sua experiência como inspetor da Polícia Judiciária para afirmar que não gosta do "perfil" de Bruno de Carvalho, o atual presidente do clube.
«Não gosto do perfil da pessoa. Uma das minhas especialidades era fazer perfis. Faço o perfil a uma pessoa, mas isso não me impede de ter respeito institucional», disse Pereira Cristóvão, após a sessão de lançamento do seu novo livro, "444 Dias - É fraqueza entre ovelhas ser leão".
O antigo vice-presidente mantém-se crítico do atual presidente: «Eu disse e assumo no livro e prefiro dizê-lo, agora que o Bruno de Carvalho está numa maré positiva, que não gosto da pessoa. E ele também não gostará de mim».
No entanto, há que distinguir entre a pessoa e a figura institucional, no seu entender: «Tenho o discernimento e a frieza para dizer que o Bruno de Carvalho é o presidente do Sporting, é o meu presidente, é a pessoa que está à frente do destino do meu grande amor, e como tal respeito a posição e a pessoa que ocupa a posição».
A última época, «miserável e vergonhosa», «envergonha-nos a todos como sportinguistas, baixou de tal forma o nível de expetativas que qualquer bom resultado nos faz exultar», disse.
«Entendo que até 2017 o Sporting tem um presidente e uma direção que foram legitimamente eleitos. Entendo que esta direção tem de cumprir o seu mandado até ao fim. O que os sportinguistas têm de fazer é apoiar esta direção, apoiar os jogadores e técnicos que envergam a nossa camisola», disse.
A propósito do novo livro, centrado nos dias em que foi dirigente "leonino", Paulo Pereira Cristóvão pretende «repor a verdade e documentá-la perante os sportinguistas, que viram um ex-dirigente seu ser vilipendiado ao longo de muito tempo».
«Entendi que deveria deixar este legado histórico e encerrar este capítulo da minha vida, da forma que vai perdurar», assumiu.
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