Paulo Gonçalves está cada vez mais isolado no seio da SAD do Benfica. Segundo o jornal Record, a posição do assessor jurídico dos 'encarnados' está cada vez mais tremida e a ausência de qualquer posição pública por parte das águias depois de conhecida a tese de acusação veio confirmar isso.

Na conferência de imprensa de resposta à constituição da SAD do Benfica como arguida no caso e-toupeira, Luís Filipe Vieira não referiu o nome de Paulo Gonçalves, e também não foi reiterado o apoio ao advogado, ao contrário do que aconteceu em março quando Paulo Gonçalves foi constituído arguido no caso.

"Manter a integral confiança em Paulo Gonçalves", disseram na altura o clube e a SAD dos encarnados, naquela que foi uma "deliberação unânime". Agora, e depois de se saber que a SAD é arguida e acusada no processo, o organismo que gere o futebol do 'encarnados' omitiu o apoio ao seu funcionário, delimitando o âmbito das palavras aos cinco administradores da sociedade anónima: Luís Filipe Vieira, Rui Costa, Nuno Gaioso, Domingos Soares de Oliveira e José Eduardo Moniz.

Nesse sentido, o jornal Correio da Manhã escreve que Paulo Gonçalves vai ter de pagar do próprio bolso a defesa do processo e-toupeira já que a SAD do Benfica está a preparar a defesa autónoma à do advogado que é defendido por um dos mais prestigiados escritórios de Lisboa.

Os 79 crimes de que Paulo Gonçalves está acusado foram a gota de água naquela que é uma longa amizade entre Luís Filipe Vieira e o seu braço-direito. O presidente dos 'encarnados' quer distância das acusações que caíram que nem uma bomba no estádio da Luz.

O jornal Record refere ainda que o Conselho de Administração da SAD encarnada não tomou qualquer posição sobre o afastamento de Paulo Gonçalves, mas existe a convicção interna de que se o assessor jurídico colocar o seu lugar à disposição há forte possibilidade de a Direção da sociedade anónima das águias aceite esse pedido, ao contrário do que aconteceu há meses.

Quando foi detido para primeiro interrogatório judicial, Paulo Gonçalves colocou o seu lugar à disposição, mas a administração da SAD reforçou a sua confiança no advogado. No entanto, a acusação do Ministério Público e o conhecimento das provas fez o Benfica mudar de opinião.