Os primeiros meses de Facundo Ferreyra no Benfica estão a ser de adaptação. O avançado argentino não tem sido feliz na finalização em Portugal, e depois de um arranque de época em que foi titular na equipa do Benfica acabou por ver Seferovic ganhar o estatuto de titular.

Os problemas físicos do ex-jogador do Shakhtar também não têm ajudado à adaptação de Ferreyra na Luz, e na perspectiva de Paulo Fonseca é apenas uma questão de tempo até que Ferreyra comece a dar provas de goleador.

Em entrevista ao jornal O JOGO, o antigo treinador de F.C. Porto e S.C. Braga recordou as últimas épocas de Ferreyra no futebol ucraniano e como também no Shakhtar o avançado argentino sentiu dificuldades de adaptação nas primeiras temporadas.

"Aqui [no Shakhtar], Ferreyra já estava completamente adaptado à equipa e vice-versa [quando cheguei], sendo um jogador de grande preponderância. No Benfica ainda terá de fazer a sua adaptação à forma de jogar da nova equipa e não o contrário. Mas não pode haver qualquer dúvida, e eu não tenho, quanto ao valor de um avançado que fez 30 golos no Shakhtar na época passada. Esses números falam por si, com golos não só no campeonato como também na Champions, taças, etc...", começou por dizer Paulo Fonseca, em declarações ao jornal O JOGO, sobre as duas épocas de Ferreyra no Shakhtar antes de rumar para a Luz.

Apesar de ter marcado 30 golos na última época ao serviço do Shakhtar, Facundo Ferreyra também teve um percurso de adaptação à equipa ucraniana e na sua primeira temporada marcou apenas três golos em 21 jogos.

"Ferreyra foi dos melhores profissionais com quem trabalhei, sempre com grande seriedade e humildade, jogando ou não. É um atleta que dá tudo em todas as circunstâncias e sei que, quando lhe voltar a surgir uma oportunidade no Benfica vai corresponder. Mentalmente é muito forte e no seu pensamento está apenas a ideia de melhorar para ter a sua oportunidade. Nunca baixou os braços. O que pode fazer no Benfica? Muito...", acrescentou Paulo Fonseca sobre o perfil de Ferreyra para a superação.

Questionado sobre se o modelo de jogo de Rui Vitória no Benfica poderia afetar o rendimento de Ferreyra, Paulo Fonseca defendeu o técnico do Benfica e recordou que o avançado argentino já está habituado a jogar sozinho na frente uma vez que o fez na Ucrânia.

"Jogar sozinho na frente não é problema para ele pois está habituado a tal, era o que fazia aqui. A equipa tem de conhecer a sua essência de jogo e, repito, ele também terá de se adaptar à equipa", frisou Paulo Fonseca antes de revelar que irá estar com o jogador da próxima vez que visitar Portugal.

"Tenho o prémio de melhor marcador da liga [ucraniana] que ganhou no ano passado para lhe entregar na próxima vez que for a Portugal", disse Paulo Fonseca.

No entanto, Paulo Fonseca reconhece que um dos factores que podem ter tido influência na pouca produtividade de Ferreyra nestes dois primeiros meses pode ser pela forma como o Benfica joga e procura espaços mais avançados pelas alas.

"O Benfica não tem um jogo tão combinativo como nós temos aqui, joga mais pelos corredores laterais do que pelo central. Assim, o avançado é mais solicitado para a finalização e menos para a participação, algo a que Ferreyra estava habituado connosco. Mas, quando se adaptar, irá mostrar tudo o que tem", disse o técnico português antes de elogiar a inteligência de Ferreyra para encontrar 'espaços' perante linhas defensivas muito recuadas.

"Na Ucrânia não há espaços, as equipas fecham linhas muito atrás mas, mesmo assim, Ferreyra é muito inteligente e sempre arranjou situações de finalização. O futebol português é-lhe mais favorável", sentenciou o atual treinador do Shakhtar, bicampeão ucraniano.

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