Na sequência do título de campeão nacional, Paulinho esteve na manhã desta quarta-feira na 'Rádio Comercial', onde revelou alguns pormenores da conquista leonina e... da festa.

O avançado verde e branco começou por admitir que a conquista do troféu começou logo na temporada passada: "Começou porque quando percebemos que não lutávamos pelo campeonato, o discurso do mister foi 'na próxima época isto não volta a acontecer'. Na última jornada do ano passado juntou a malta e disse 'começamos a ganhar o campeonato hoje'".

Paulinho revelou ainda que de zero a um milhão Rúben Amorim é chato a... "um milhão". "Mas é bom, um treinador tem de acreditar nas suas ideias, ele não muda em função do que dizem. É um bom teimoso", assumiu.

O avançado foi um dos jogadores que acompanhou o início da carreira de Rúben Amorim e admitiu que deu para ver que ia ser um bom treinador logo na primeira palestra: "Ele entrou, o presidente estava connosco e marcou a posição dele, ninguém vai dormir. O primeiro jogo ganhámos 8-1, se malta tivesse dúvidas das ideias do mister... Havia aquela dúvida de vir da equipa B, de não ter curso..."

Quanto ao cântico que os adeptos lhe dedicaram, Paulinho assumiu sentir um certo orgulho: "Poucos jogadores têm um música para eles, tenho um colega de equipa (não vou dizer o nome) que só no Marquês descobriu que esta música era para mim... O Morita mandou-me um vídeo da filha dele no sofá aos saltos a dançar isto... A minha filha é muito pequenina...".

"Quando começo a subir a rampa para entrar no palco [do Marquês de Pombal], começa a dar a música e começa a sentir-se uma diferença no ambiente, fica uma loucura! Há muitos pessoas que não são sportinguistas que cantam isto", assumiu.

Mas, quando questionado sobre quem gostaria que fizesse uma versão do seu cântico o avançado foi perentório admitindo que seriam os AC/DC, uma vez que se é para pedir, é para pedir em grande.

Quanto à festa de campeão Paulinho fez algumas revelações, entre quem foi o jogador mais bêbado na festa... à camisola arruinada.

Ao contrário de Rúben Amorim, o avançado revelou que alguns jogadores "não foram vestidos para a festa mas levaram roupa na mochila". "Jantámos no estádio, podia acontecer e aconteceu. Fomos todos bonitinhos, com as nossas esposas. A minha t-shirt estragou-se, levou com tanto álcool, champanhe e cerveja em cima... Foi para o lixo", desvendou.

Quanto ao jogador mais bêbado na festa... "Temos uns quantos... Adan, Esgaio... Acabou a Somersby e acabei por deixar de beber", revelou antes de assumir que se divertiu "à brava" nos festejos.

Questionado sobre se fica no Sporting a resposta foi simples: "Sim, sim!"

"O meu primeiro equipamento em miúdo era do Sporting, foi o meu padrinho que me deu. Queria jogar num grande, mas à medida que a minha carreira foi avançando deixei de ter aquela paixão pelo clube A, B ou C. Aconteceu ser o Sporting", assumiu.

Numas perguntas mais descontraídas Paulinho assumiu preferir... um treino dado pelo Nuno Santos do que pelo Gyokeres porque "era só bola e chutar à baliza". Quanto a ter como companheiro de quarto Eduardo Quaresma ou Pote, o avançado assumiu ser "difícil", uma vez que o "Pote queixa-se um bocadinho, o Quaresma é miúdo e deve ter o fuso horário...".

E quanto a uma viagem de carro de 5 horas... prefere ir com Amorim ou Paulinho, o roupeiro? "Com o Paulinho, aconselho a toda a gente. As primeiras 2 horas só ele é que fala, as 3 horas seguintes adormece".

E, quem é o primeiro jogador a ensinar palavrões aos jogadores estrangeiros? "Sou eu. Ao Morita acho que fui eu, embora ele já soubesse umas coisas do tempo do Santa Clara. O meu medo é dizer palavrões aqui, pode sair naturalmente...", admitiu.

Sobre os jogadores que poderiam virar treinadores, Paulinho assumiu que não vê Coates nesse papel e que Luís Neto daria... presidente.

"O Seba [Coates] acho que não, o mister diz que o Nuno Santos vai dar treinador, coitados dos jogadores... Mas apesar do feitizionho dele, entende o jogo. [O Luís Neto] Se calhar dava para presidente de um clube. É muito diplomático, sabe falar com malta, gosto muito dele", afirmou.

Quanto ao festejo... Paulinho não quis revelar o porquê de levar o dedo à cabeça: "É segredo! Um dia explico, mas não pode ser assim. Tem de ser na academia ou no estádio! É um orgulho ver os miúdos celebrarem assim."