O relatório de contas do ano passado do SC Braga revelou novos pormenores da venda de Rafa para o Benfica. De acordo com o documento revelado pelo emblema minhoto, o passe do internacional português esteve numa empresa do dono do Mónaco antes de ser transferido para o clube da Luz. Gestifute de Jorge Mendes também esteve envolvida e chegou a deter 40% do passe de Rafa.
Começando pelo principio: O SC Braga comprou 90% do passe de Rafa ao Feirense por 500 mil euros com o clube de Santa Maria da Feira a assegurar os restantes 10%. O pagamento foi feito em parceria com a Gestifute que entrou com metade do dinheiro pago ao Feirense. Neste negócio, a OnSoccer ficou com 10% da percentagem que o SC Braga comprou ao Feirense.
Assim, o passe de Rafa ficou dividido em quatro locais. O clube minhoto detinha 40%, a Gestifute 40% enquanto Feirense e OnSoccer possuíam 10% cada um.
Na temporada seguinte, numa altura em que Rafa não era opção no emblema minhoto, a SAD decidiu vender os 40% que detinha do passe do jogador por 7,150 milhões de euros a uma empresa chamada Browsefish Limited – cujo dono é, segundo o Football Leaks, Dmitri Rybolev, dono do AS Mónaco -. Esta decisão alienava qualquer posse do passe de Rafa do SC Braga.
Uma temporada depois, Rafa entrou na melhor fase da sua estadia em Braga e aumentou a sua valorização. Perante esta situação, o clube minhoto voltou a negociar com a Browsefish Limited, mas para recomprar os 40% do passe que tinha vendido à empresa.
Esse novo negócio foi feito por oito milhões de euros. Em paralelo, o SC Braga negociou também com a Gestifute a compra dos seus 40%. O acordo com a empresa de Jorge Mendes ficou fechado em quatro milhões. Conclusão: A equipa minhota comprava 80% de Rafa por 12 milhões de euros enquanto a Gestifute e a Browsefish Limited ficavam sem nenhuma ‘tranche’ do passe. Os restantes 20% mantinham-se no Feirense e na OnSoccer.
Em 2016, o SC Braga chega a acordo com o Benfica para a venda de Rafa para o clube da Luz. O negócio entre as duas equipas é feito por 16 milhões de euros. 14,4 milhões de euros ficaram no Minho enquanto 1,6 milhões foram pagos ao Feirense relativos aos 10% que ainda detinham. Neste valores estão incluídos ainda os mecanismos de solidariedade.
O SC Braga teve um lucro total de 9.302.500 euros, um valor que só foi possível devido à recompra dos direitos que foi feita meses antes. Sem essa compra, o lucro seria mais baixo fixando-se nos 6.902.500 euros.
Artigo atualizado*
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