O presidente do Benfica recorria ao termo 'IC19' (intinerário complementar que liga Lisboa a Sintra) para comunicar com Rui Rangel sempre que o assunto era uma questão relacionada com uma alegada promessa do juíz desembargador em intervir no litígio fiscal de 1,6 milhões de euros de uma das empresas de Luís Filipe Vieira.
De acordo com a informação divulgada esta quinta-feira pela revista 'Sábado', os investigadores da 'Operação Lex' descobriram nas escutas telefónicas realizadas a Rui Rangel e a Luís Filipe Vieira, que ambos utilizavam o nome de código 'IC19' sempre que pretendiam comunicar sobre a resolução de um processo fiscal de uma das empresas de Luís Filipe Vieira.
Segundo a referida publicação, os investigadores acreditam que, "os dois homens terão usado este código para se referirem à questão da alegada promessa do juiz desembargador de intervir de alguma forma no litígio de um processo fiscal de 1,6 milhões de euros que visa a empresa Votion, Investimentos Imobiliários SGPS, SA, uma das principais sociedades anónimas do grupo empresarial de Luís Filipe Vieira e que é dirigida pelo seu filho, Tiago Vieira".
Em contrapartida, e de acordo com o que está escrito pela publicação da Cofina, Luís Filipe Vieira prometia a Rui Rangel um cargo remunerado na futura direção da escola e universidade do Benfica, como já era conhecido, mas também que o juíz desembargador passasse a ser incluído, como convidado VIP, nas viagens do Benfica ao estrangeiro para ver os jogos das competições internacionais.
Recorde-se que a Operação Lex investiga suspeitas de crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.
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