O Ministério Público constituiu mais três arguidos no âmbito da operação 'CashBall' que investiga a viciação de resultados desportivos, aumentando para sete, indicou hoje à agência Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Numa resposta enviada à Lusa, a PGR refere que “a designada Operação CashBall tem sete arguidos constituídos”.
O Correio da Manhã acrescenta que estes novos arguidos se tratam de três árbitros de andebol.
Esta operação tinha até ao momento quatro arguidos, designadamente o diretor para o futebol do Sporting, André Geraldes, e os empresários Paulo Silva e João Gonçalves, além de Gonçalo Rodrigues, igualmente funcionário do clube 'leonino'.
André Geraldes ficou, na quinta-feira, em liberdade mediante pagamento de caução de 60 mil euros, tendo ficado impedido de exercer funções desportivas, bem como de contactar os restantes arguidos.
Na quarta-feira, após buscas na SAD do Sporting, a Polícia Judiciária (PJ) deteve André Geraldes, os empresários Paulo Silva e João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues.
Os representantes de João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues disseram aos jornalistas que os seus constituintes também ficaram proibidos de exercer funções desportivas e de contactar os restantes arguidos.
Já Paulo Silva, alegado intermediário na tentativa de aliciamentos de jogadores adversários para tentar favorecer o Sporting, também proibido de falar com os outros arguidos, ficou impedido de prestar declarações à comunicação social.
Numa entrevista ao jornal Correio da Manhã, publicada na terça-feira, Paulo Silva confessava ter alinhado num esquema de corrupção, subornando árbitros para favorecer o Sporting no campeonato nacional de andebol de 2016/17, no qual os 'leões' se sagraram campeões.
No dia seguinte, a Polícia Judiciária deu conta de buscas na SAD do Sporting, a que se seguiram as quatro detenções, confirmando-se o alargamento das investigações à esfera do futebol, envolvendo vários jogos da I Liga, em que alegadamente houve tentativa de favorecer a equipa lisboeta.
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