O médio do FC Porto Óliver Torres concedeu uma longa entrevista à agência de notícias espanhola EFE, onde abordou diversos temas, desde a participação do FC Porto na Liga dos Campeões à chamada à seleção de Espanha.

"Somos uma equipa difícil, que pressiona, é agressiva. Uma equipa que tem intensidade durante os 90 minutos. Penso que havia nomes muito fortes no sorteio, e, como equipa, somos difíceis de bater. Estou certo de que o Liverpool, quando calhou contra nós, pensou ‘Vamos ter que trabalhar muito para poder passar’", afirmou o médio.

"Vamos com essa mentalidade, para dificultar a tarefa o mais possível, para poder conquistar um bom resultado em Anfield e no Dragão, com os nossos adeptos. Estou certo de que, se trouxermos um bom resultado, vai ser um jogo muito bonito, intenso, e no qual vamos ter as nossas possibilidades de passar, claro", acrescentou.

O jogador espanhol falou ainda sobre a possibilidade do FC Porto jogar a final da Liga dos Campeões, que será disputada no Wanda Metropolitano, em Madrid.

"Não me imagino só no Wanda, como me imagino em qualquer estádio, e fico com pele de galinha. Estar presente numa final da Liga dos Campeões é algo que poucos jogadores têm o privilégio de fazer, e jogá-la com o FC Porto, depois de tantos anos, seria tremendo. Se fosse no Wanda, seria muito especial, e vencê-la seria um sonho", atirou.

Chamada à seleção de Espanha

Na mesma entrevista, Óliver Torres não escondeu o desejo de ser convocado para a seleção principal de Espanha.

"Estive nas categorias inferiores, acompanho-a e sei que estão a trabalhar muito bem em Espanha, apaixonando as pessoas, algo que se tinha perdido depois do Mundial. Há uma boa geração. Asensio, Ceballos, Saúl, Johnny, Gayá, muitos de quem fui companheiro. Agora estão lá e penso: 'bom, eu também posso'. Esse é um objetivo que tenho, trabalhar todos os dias para ter essa oportunidade. Luis Enrique já demonstrou que quando os jogadores estão bem chama-os", referiu.

Questionado sobre o que diria ao selecionador Luis Enrique numa potencial entrevista, Óliver respondeu com humor à mistura:

"Diria que sou simpático, agradável, que tenho ambição e vontade de trabalhar, de comer o mundo, vontade de aprender, de melhorar todos os dias e de estar ao serviço para tudo o que for preciso. Por mim, até podia estar na seleção para carregar as bolas e as águas, para regar e cortar a relva, tanto faz. Estou certo de que iria aprender muito com eles. Também tenho a capacidade de acrescentar algo com o futebol que nasceu comigo. Estou convencido de que, um dia, vou estrear-me na seleção."