A infância
"Tinha um grupo de amigos que íamos para um ringue e divertíamo-nos muito a jogar, também fazíamos torneios na escola. Eram momentos muito divertidos. Os mais velhos deixavam jogar, era sempre dos primeiros a ser escolhido, sabiam que estavam mais perto de ganhar. Em casa eu era melhor que os meus irmão e ganhava, quando perdiam ficavam chateados. As coisas vão mudando. Não há tanta segurança dos pais em deixar os filhos sair hoje em dia. A minha mãe e padrasto eram roupeiros do Vidago, vivia mesmo no campo. Ficava até desligarem os holofotes e ficar às escuras e ter de ir para casa."
Experiência no estrangeiro
"Aguentar o que passei em Valência se calhar alguns não aguentavam e vinham embora. Fiquei um ano sem jogar, a FIFA diziam que me podiam inscrever, depois já não. Só com 18n anos. Foi um ano só a treinar, foi chato. Estava na Academia, treinava e não recebia porque ainda não podia ter contrato profissional. No Wolverhampton só joguei seis meses porque estavam sempre a insistir para renovar. Estive mais três meses sem jogar. Joguei seis meses em dois anos. Correr em altas velocidades foi bom, foi o momento certo para ir para Inglaterra. Gostaram de mim, criei ligação. No Wolverhampton davam condições de receber mais um bocado, mas não davam confiança de ser aposta na equipa principal, podia ser emprestado. pensámos e voltei ao Famalicão. Também não me deram certeza, cheguei desconhecido e tive de dar à perna até o treinador gostar de mim. Ideia era ter uns minutos. Correu bem."
Desempenho no Sporting
"É a consistência e treino e saber quais são as minhas qualidades. Não sou8 jogador que gosto de marcar 30 ou 40 golos, sempre fui mais recuado, com mais estilo e gosto pelo Xavi, Iniesta, Busquets, De Bruyne. Depois vi que podia chegar mais á frente, que era inteligente para perceber onde a bola ia cair... O mister percebeu na pré-época, viu rápido e fico contente. Gosto de marcar golos, mas sobretudo de desfrutar e saber o que estou a fazer. É o mais valioso de trabalhar com o mister, ele diz mais ou menos o que fazer, é mais fácil para o jogador."
A possibilidade de melhorar (na época passada marcou 18 golos, fez 17 assistências)
"É verdade, posso e sei que consigo fazer mais a diferença, vou trabalhar para isso e para nos 90' não ter alguns apagõezinhos. Sempre cá em cima. Percebo mais do jogo, mais da estratégia. As minhas qualidades e virtudes são as mesmas. Melhorei algumas coisas, mas não sinto que seja muito diferente. Os números dão muito trabalho, mas também é de equipa, sabem onde me situo, os passes que aprecio... Se a equipa não trabalhar bem não vou ter esses números. Na segunda época tive um pouco mais abaixo, esta época podia ter feito mais golos e assistência. Importante é que sinto que me diverti e aproveitei o momento."
O campeonato conquistado e as expetativas para a nova época
"Deve-se ao trabalho da equipa técnica, que nos pede sempre o máximo, todos os treinos, todos os jogos, e também ao grupo, claro que o grupo mete sempre a ideia, sabemos o clube que representamos, um clube que tem sempre de lutar por todos os títulos em Portugal. Sabemos que este ano queremos dar uma boa imagem também na Liga dos Campeões, vamos tentar fazer por isso e o nosso objetivo é ir jogo a jogo, mas em todos os jogos tentar ganhar. E sabemos que temos capacidades e qualidades para entrar para todos os jogos a ganhar."
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