O médio Sérgio Oliveira disse hoje que "o Paços de Ferreira está a formar uma equipa forte", visando "ganhar o respeito das pessoas e adversários", sem se desviar do objetivo principal da permanência na Primeira Liga.
"Queremos que as pessoas nos olhem com respeito e, neste momento, vejo uma equipa que já mostra alguma qualidade e conseguiu ganhar algum respeito das outras equipas. Temos vindo a melhorar e estou certo de que estamos a formar uma equipa forte", disse Sérgio Oliveira à agência Lusa.
O médio do Paços de Ferreira elogia a qualidade do treinador e a excelência do grupo, mas insiste em dizer que o discurso de permanência é "puro" e resulta da "consciência do campeonato difícil" que a equipa vai enfrentar.
"Não há anos iguais. Na época passada, tínhamos muitos jogadores novos e a junção de muitas outras coisas fez com que o ano não corresse tão bem, apesar do objetivo ter sido cumprido no final. Este ano, o cenário é completamente diferente. Temos uma excelente equipa, bem orientada, mas só temos ainda três pontos, o que não é nada de especial", sublinhou.
A diferença maior, admitiu, está na qualidade do futebol praticado hoje pela equipa, reforçada com as chegadas de Urreta e Edson Farias, "jogadores habituados a outros palcos e que, com os que já estavam, vêm ajudar o grupo", fazendo com que "cada um tenha de lutar sempre no máximo para ser opção".
Sérgio Oliveira, de 22 anos, disse também não estranhar o seu recuo estratégico no campo, para uma zona por vezes coincidente com a do trinco, repetindo o que já acontecera durante a formação, no FC Porto, e até admitiu que "é bom jogar naquela posição".
"Sinto-me bem naquela posição, na qual já tinha jogado na formação, pois permite-me jogar com bola, como gosto, mas reconheço que também tenho evoluído em termos defensivos e táticos", afirmou, frisando que "o individual sai sempre beneficiado se o coletivo estiver bem".
Projetando o jogo com o Gil Vicente, o camisola "10" pacense assumiu que "a pressão é maior" e que o Paços tem obrigação de vencer no domingo.
"Há mais pressão do nosso lado do que quando defrontámos o FC Porto ou Benfica e é nestes jogos que temos de mostrar mais caráter como equipa. Vamos ser uma equipa que quer jogar e assumir o jogo e acho que temos obrigação de ganhar", considerou.
Sérgio não deixou, no entanto, de reconhecer o efeito motivacional da troca de treinador no Gil Vicente, com o "pacense" José Mota em substituição de João de Deus, lembrando que, "nestas situações, toda a gente quer mostrar ao novo treinador que tem lugar no onze".
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