Poucos treinadores se podem gabar de ter uma experiência tão grande na I Liga como José Mota. Há muito que já dobrou a fasquia dos 300 jogos no campeonato (312, para ser mais preciso) e continua bem lançado para mais uma época competitiva.
Durante anos foi conhecido como o ‘homem do boné’ em Paços de Ferreira, onde lançou os alicerces para a sólida carreira construída desde 1999/00.
Agora, o boné já faz parte do passado e é com as cores do Vitória de Setúbal que procura dar mais um passo seguro no seu percurso, iniciando novamente a época no Bonfim.
O técnico de 49 anos conta já com dois títulos da II Liga no seu curriculum e uma qualificação para as competições europeias com os pacenses em 2007. Todavia, a ambição de José Mota é grande e não se contenta com a luta pela manutenção. Determinado, à imagem das suas equipas, o técnico natural de Paredes quer voltar a disputar competições europeias.
Com uma carreira estável, como o provam os cinco clubes treinados em 14 épocas, José Mota já provou que sabe fazer muito com pouco e costuma montar as suas equipas para serem “ossos duros de roer”. Sem grandes valores individuais, mas sem nunca virar a cara à luta.
Com efeito, as suas formações são a projeção da atitude que ele próprio teve na carreira como jogador, construída enquanto defesa aguerrido e empenhado no Aliados de Lordelo e no Paços de Ferreira entre 1982 e 1996.
Fiel às virtudes do contra-ataque nas suas equipas, José Mota tem pela frente o desafio de projetar o histórico clube do Sado para a dimensão de outrora, mesmo sem os argumentos de alguns concorrentes. Um desafio pelo qual vai lutar “com unhas e dentes”.
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