João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica nas últimas eleições, reagiu esta quarta-feira à decisão de António Pires de Andrade, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos encarnados, de fazer uma auditoria a esse ato eleitoral.

"Depois de oito meses sem esclarecimentos sobre um ato eleitoral que envergonha os Benfiquistas, temos agora a direção disponível para contar, pela primeira vez, os votos físicos. Que triste espetáculo", começa por atirar, em comunicado.

Noronha Lopes lembra que durante a campanha eleitoral, pediu "várias vezes que o voto físico fosse contado, incluindo no próprio dia da votação - quando a contagem seria realizada duma forma transparente, à vista de todos e num momento em que fazia sentido". "Nesse mesmo dia, esse pedido foi-me negado, em violação de compromissos antes assumidos perante as listas concorrentes", acrescenta.

"Como é do conhecimento público, aceitei o resultado eleitoral na noite de 28 de outubro. Fi-lo para proteger os interesses do Benfica, evitando uma convulsão interna com consequências inimagináveis. Passaram-se oito meses durante os quais a atual direção nada fez para unir os Benfiquistas, não esclareceu, não discutiu e faltou sistematicamente à verdade", acusa ainda o antigo candidato.

"Sejamos claros: este exercício não é mais do que um simulacro pensado, uma vez mais, para servir os interesses circunstanciais da atual direção e não os dos benfiquistas. A crise em que o clube se encontra mergulhado hoje é mais profunda do que nunca e o seu responsável é Luís Filipe Vieira, um suposto líder que se esconde dos sócios e manobra nos bastidores", considera ainda.

Por fim, Noronha Lopes refere: "Os Benfiquistas estão fartos das jogadas e das mentiras desta direção. Não contem comigo para caucionar esta autêntica farsa."