Instado a comentar o alegado interesse de outros clubes, nomeadamente o Sporting, Nilson afirmou que não se pode dizer nunca e é necessário estar preparado para o que a vida pode proporcionar.
“Não adianta estar aqui a tentar agradar as pessoas com palavras e depois as atitudes serem contrárias. Dizer hoje ‘Vitória para sempre’ e amanhã aparecer uma boa proposta para o clube e para mim e depois sair... a minha palavra enquanto homem não valeria muito”, explicou.
O guarda-redes revelou que há cerca de um mês houve uma conversa entre o seu empresário e o vice-presidente para o futebol, Paulo Pereira, tendo em vista a prolongamento do seu contrato, que só termina para a próxima temporada, mas apenas ficou decidido novo encontro entre as partes.
Nilson disse estar “preparado para qualquer desafio” na carreira, sentindo ter “qualidade para jogar em qualquer equipa”, e frisou que “não teria dificuldades em jogar no Sporting, Benfica ou FC Porto” até porque já joga num “grande clube”, o Vitória de Guimarães.
Sobre o jogo decisivo para assegurar um lugar na Liga Europa, com o Marítimo, no domingo, disse que “vai custar imenso ficar de fora”, sobretudo pela forma como foi afastado, numa alusão ao cartão amarelo visto ante o Rio Ave que o impede de alinhar e de fazer todos os jogos da liga.
“Foi uma falta de respeito para com o Vitória de Guimarães. Nem eu nem o Gustavo [Lazzaretti] dissemos nada para sermos punidos, o próprio árbitro assistente disse que eu não disse nada e o Bruno Paixão achou-se no direito de me dar um cartão amarelo”, criticou.
Segundo Nilson, “o Gustavo apenas gritou a pedir um fora-de-jogo, o que é uma coisa perfeitamente normal. Qualquer dia, o futebol vai ser como um filme do Charlie Chaplin, mudo, ou vão pedir aos adeptos para não assobiarem ou apoiarem as suas equipas”, ironizou.
Para o guardião, o Vitória “não pode continuar a ser penalizado como nas últimas jornadas, para não dizer o campeonato inteiro - o Vitória de Guimarães merece mais respeito do que tem tido até aqui”, concluiu.
O Vitória, quinto classificado, com 41 pontos, recebe o Marítimo, sexto, com 38, e um empate chega para regressar às competições europeias, mas se perder, fica de fora.
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