O Ministério Público (MP) anunciou hoje que requereu o julgamento em tribunal coletivo de dois arguidos, adeptos do Sport Lisboa e Benfica, imputando-lhes a prática dos crimes de "ofensa à integridade física qualificada" e "resistência e coação sobre funcionário".
Os factos decorreram na ilha de São Miguel, na noite de 11 para 12 de janeiro deste ano, após o jogo de futebol entre o Santa Clara e o Benfica, e os arguidos em causa integram a claque dos encarnados de Lisboa, os "No Name Boys".
No essencial, diz o MP, "ficou suficientemente indiciado" que na noite de 11 para 12 de janeiro, "no exterior de uma discoteca de Ponta Delgada, os arguidos e outros elementos" da claque "agrediram o proprietário da discoteca no rosto, desferindo-lhe um forte golpe com uma garrafa de vidro, que se partiu".
"Os arguidos haviam estado a consumir bebidas alcoólicas no referido estabelecimento, tendo saído sem pagar", prossegue a entidade.
Chamada a PSP ao local, os arguidos e outros elementos - alguns não identificados - da claque prosseguiram com os desacatos, arremessando garrafas, pedras e paus às forças policiais, as quais tiveram que efetuar diversos disparos para repor a ordem e segurança públicas.
Um dos arguidos, que assumira na contenda posição de líder do grupo, encontra-se sujeito à medida de coação de permanência na habitação com vigilância eletrónica, é ainda referido.
Inicialmente, o arguido tinha ficado em prisão preventiva, tendo a medida de coação sido depois alterada para prisão domiciliária.
O inquérito foi dirigido pelo MP da secção de Ponta Delgada do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP)/Comarca dos Açores.
O Benfica venceu o Santa Clara no jogo em causa, que contava para a 17.ª jornada da I Liga de futebol.
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