O auto-denominado "Movimento de Clubes de Fátima" anunciou hoje, em Coimbra, que se a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não der resposta até terça-feira à proposta apresentada para o alargamento da competição tomará medidas «drásticas».
O movimento, que engloba 20 clubes das duas ligas de futebol profissional portuguesas, reuniu-se na tarde de hoje, na sede da Associação de Futebol de Coimbra, e, no final, o presidente da Oliveirense, José Godinho, referiu que os clubes poderão «tomar uma posição muito forte» se não forem respeitados nas suas opções.
O "Movimento de Clubes de Fátima" enviou à FPF uma proposta de solução para o alargamento da Liga portuguesa de futebol, efetuada na sequência da reunião realizada a 20 março, na sede da FPF, e enviada a 30 de março, por email, a Fernando Gomes, presidente federativo.
A proposta, a que agência Lusa teve hoje acesso, defende que no final da presente temporada seja realizada uma “liguilha”, disputada pelos dois últimos clubes da Liga e os terceiro e quarto classificados da Liga de Honra, com vista ao alargamento do campeonato principal para 18 clubes.
O primeiro e segundo classificados da Liga de Honra sobem automaticamente à Liga.
A proposta do movimento sugere ainda que na época 2012/2013 subam à Liga principal os três primeiros classificados da Liga de Honra e, em sentido inverso, desçam os três últimos do escalão maior do futebol nacional.
«Depois de terça-feira, tomaremos a nossa posição, que poderá chegar a medidas bastante drásticas, que não queremos enunciar, embora já estejam decididas. Fazemo-lo por uma questão de respeito, porque o processo está em desenvolvimento», referiu o presidente da Oliveirense, José Godinho.
A 12 de março, a AG da Liga aprovou o alargamento da Liga já na próxima época sem despromoções à Liga de Honra, rejeitando a proposta de uma "liguilha" avançada pelo presidente da LPFP, Mário Figueiredo, que o auto-denominado "Movimento de Clubes de Fátima" agora propõe.
Após estas deliberações, a FPF "vetou" a proposta de alargamento da Liga sem descidas de divisão, por considerar que a mesma coloca em causa «a verdade desportiva».
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