Ao quarto jogo com João Pereira no comando o Sporting somou a terceira derrota seguida, ao perder com o Moreirense (2-1), na 13.ª jornada da Primeira Liga. Este desaire agrava a atual situação dos leões, que podem ver o FC Porto igualar a pontuação na Primeira Liga e chegar à liderança partilhada, caso vençam o Famalicão no sábado.

João Pereira surpreendeu logo no onze inicial ao promover a saída de Marcus Edwards do ataque para lá colocar Daniel Bragança, que fez o papel que normalmente é atribuído a Pedro Gonçalves. Isto permitiu aos leões uma melhor ligação entre setores, algo que falhou nos jogos anteriores, embora tenha sido insuficiente.

O encontro teve o início que estava previsto, com a equipa de João Pereira a assumir o controlo e a conseguir jogar no meio-campo adversário. Esse domínio teve impacto logo nos primeiros minutos, com a criação de duas boas oportunidades de golo, que acabaram por não dar logo em festejos.

No entanto, o golo não demorou a surgir, uma vez que Marcelo rasteirou Gyokeres dentro da área e o sueco converteu a grande penalidade com mestria, logo aos 12 minutos.

Depois de não ter conseguido atacar no primeiro quarto de hora, o Moreirense acordou após o golo e soltou-se no ataque. O encontro ficou mais dividido e a equipa da casa mostrou aos leões que também tinha capacidades para incomodar a baliza de Kovacevic.

O atrevimento deu resultado aos 19 minutos. A partir de um livre lateral Alan colocou a bola perfeita para o cabeceamento de Dinis Pinto, que empatou a partida com uma bela finalização entre a defesa do Sporting.

Como seria de esperar, o empate empolgou o Moreirense e fez com que os fantasmas dos últimos jogos pairassem por cima das cabeças dos jogadores leoninos. A partir daqui, o emblema de Moreira de Cónegos conseguiu chegar mais vezes à baliza adversária, perdendo o respeito em exagero exibido no início da partida, e o domínio leonino terminou.

A mudança do 'status quo' da partida teve um efeito prático aos 35 minutos, quando Schettine aproveitou um erro individual de Geny Catamo, que lançou a bola para os seus pés, para fazer um grande golo e deixar o Moreirense na frente do marcador, diga-se, com justiça.

Segundo tempo em ritmo baixo não chegou para dar a volta

João Pereira manteve o mesmo onze para o arranque da segunda parte e a verdade é que até podia ter chegado ao empate aos 53 minutos. Gyokeres foi às alturas para ganhar a bola aérea e Hjulmand cabeceou com estrondo à trave de Kewin.

Apesar da confiança na equipa que iniciou a partida, os leões não estavam a conseguir empurrar o Moreirense para o seu meio-campo e não aplicavam a pressão necessária para fazer a equipa de César Peixoto tremer.

Foi preciso chegar aos 65 minutos para o treinador do Sporting fazer as primeiras alterações, lançando Maxi Araújo e Geovany Quenda nos lugares de Daniel Bragança e St. Juste. Desta maneira trouxe mais velocidade e acutilância à equipa, conseguindo chegar mais vezes às zonas adiantadas do terreno, embora quase sempre sem grande perigo.

Apesar desta versão mais ofensiva, o Sporting denotou dificuldades em acelerar o ritmo de jogo e encontrou sempre uma equipa da casa muito compacta e organizada. Quando os leões tentavam o último passe tinham sempre uma floresta de pernas a tapar os caminhos para a baliza.

A partir do momento em que César Peixoto mudou a formação para 5-4-1 o Sporting conseguiu assumir o controlo total da partida, limitando qualquer tentativa de ataque dos cónegos, mas nunca conseguiu encontrar o caminho do golo e sofreu a terceira derrota consecutiva, o que deixa o primeiro lugar da Primeira Liga em perigo.