O Ministério Público determinou hoje a abertura de um inquérito de investigação criminal ao caso das agressões registadas no domingo em Guimarães, que envolveram a PSP e dois populares, informou uma advogada do processo.
Sónia Carneiro disse à Lusa que um dos populares envolvidos na rixa, de quem é defensora, foi constituído arguido, tendo ficado apenas sujeito a termo de identidade e residência, a mais leve das medidas de coação.
"O Ministério Público entendeu que não tinha elementos suficientes para submeter o meu cliente a julgamento, pelo que vamos ter um inquérito que seguirá os seus trâmites normais", acrescentou.
Os incidentes registaram-se no domingo, no final do jogo de futebol que opôs o Vitória de Guimarães ao Sport Lisboa e Benfica.
Dois homens, pai e filho, acompanhados de duas crianças, foram agredidos por um agente da PSP junto ao Estádio D. Afonso Henriques, com a agressão a ser filmada por uma equipa do Correio da Manhã TV (CMTV).
Numa nota hoje enviada à agência Lusa, fonte do Ministério da Administração Interna garante que "irá decorrer inquérito aos incidentes ocorridos" e que "o agente em questão já foi identificado".
O homem mais novo foi identificado pela PSP, por alegadas ameaças e injúrias à autoridade.
Segundo o auto da detenção da PSP de Guimarães, citado pelo jornal Expresso, o arguido injuriou o subcomissário envolvido nas agressões, ameaçou-o e cuspiu-lhe na cara, adotando um comportamento sempre hostil.
O relatório acrescenta que o adepto "sabia que estava a ser filmado e tentou tirar proveito da situação", bem como do seu "porte físico" em relação ao subcomissário, para dificultar a sua manietação e detenção.
A advogada do arguido contrapôs com as imagens televisivas, para sublinhar que elas permitem perceber como "um auto pode ser manipulado da forma mais chocante".
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