O Ministério Público não pediu prisão preventida para nenhum dos quatro arguidos do processo Cartão Vermelho. A informação foi avançada pela Sport TV.
Diz a mesma fonte que o Procurador Rosário Teixeira não pediu a medida de coação mais gravosa para Luís Filipe Vieira, José António Santos, Tiago Vieira e Bruno Macedo.
Neste momento encontra-se a decorrer a fase de alegação das defesas e, só mais tarde, serão divulgadas as medidas de coação.
A decisão final está nas mãos do juiz Carlos Alexandre.
Luís Filipe Vieira, de 72 anos, é uma das quatro pessoas detidas, sob suspeita de estar envolvido em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.
O empresário comunicou na sexta-feira a suspensão do exercício de funções como presidente do Benfica, “com efeitos imediatos”, por intermédio do seu advogado, à porta do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, onde aguardava para ser presente a primeiro interrogatório judicial, no âmbito da operação ‘cartão vermelho’.
Em causa estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.
Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como ‘o rei dos frangos’.
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