O Ministério Público está a investigar um negócio feito em 2016 entre o FC Porto e a Portugal Telecom, para venda de direitos televisivos, segundo avançou a TVI esta quarta-feira à noite.

Em causa está o pagamento de uma comissão de 20 milhões de euros à empresa que mediou o negócio, a BM Consulting, do empresário desportivo Bruno Macedo, um dos arguidos na operação Cartão Vermelho. As autoridades investigam se parte desse dinheiro terá ido parar à "esfera familiar de Jorge Nuno Pinto da Costa".

Em 2016, os 'dragões' venderam os direitos televisivos até 2027 à então Portugal Telecom, à data presidida por Paulo Neves. O negócio ascendeu a 500 milhões de euros, sendo que a empresa de Bruno Macedo garantiu o pagamento de uma comissão de intermediação de 20 milhões de euros, segundo apurou a TVI.

O destino desses 20 milhões é que está a levantar suspeitas aos investigadores, pois Bruno Macedo é também sócio de outro empresário próximo do FC Porto, Pedro Pinho, que foi filmado em abril a agredir um repórter de imagem após um jogo dos 'dragões' em Moreira de Cónegos.

Fonte judicial revelou à TVI que existem suspeitas de que Pedro Pinho seja testa de ferro do filho do presidente portista, Alexandre Pinto da Costa.

A Altice, que comprou a Portugal Telecom, confirmou que "fez um acordo de prestação de serviços com a BM Consulting para mediar nos contactos e negociações com diversos clubes de futebol". E assegura: "Não fomos contactados por nenhuma autoridade judiciária relativa a esta matéria."