Miguel Braga, responsável pela comunicação do Sporting Clube de Portugal, considerou incompreensível a queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol contra Rúben Amorim, cuja acusação foi dada a conhecer no dia de ontem pelo Sporting.
"Seria a mesma coisa que a associação de canalizadores mover um processo contra um dos seus maiores canalizadores e um dos expoentes máximos da canalização em Portugal. Começa por ser incompreensível desde a sua nascença", disse, no programa 'Raio-X', transmitido ontem na Sporting TV.
O responsável recordou outros exemplos semelhantes que não mereceram a mesma reação por parte da ANTF.
"Falamos de treinadores como o Paulo Bento, antes de ser selecionador nacional, o Paulo Fonseca, Sérgio Conceição, Jorge Costa, Rúben Amorim antes de chegar ao Sporting... Vários treinadores passaram por esta situação e a lei já tem os mecanismos próprios para se viver com esta situação", recordou.
Miguel Braga considerou mesmo que a queixa e o 'timing' da acusação não são incoentes.
"Não é de todo inocente a Associação Nacional de Treinador de Futebol se ter queixado perante um treinador do Sporting. Diria que essa parte não é inocente, como não é a data em que o processo chega à acusação. (...)Numa altura em que se fala num alegado interesse internacional no treinador do Sporting, na altura em que o Sporting está à frente do campeonato, acho incompreensível este processo e a sua natureza", notou.
Realçando a incompreensão pela queixa ter surgido apenas quando Rúben Amorim chegou ao Sporting, Miguel Braga afirmou que a ANTF tem uma "atração muito grande" pelo Sporting e por Amorim.
"Há uma atração pelo Sporting e por Rúben Amorim, eu diria que sim e muito grande. Tendo tentos casos, antigos e não tão antigos, faz-me confusão que seja o Rúben Amorim quando chega ao Sporting - não foi quando chegou o SC Braga - teve de chegar ao Sporting para em oito dias a ANTF acordar para a vida", disse.
Criticando o silêncio da ANTF em relação ao processo, o responsável da comunicação leonina, considerou que a associação deveria de se preocupar com outros assuntos mais relevantes para o setor.
"Faz-me confusão porque é que estas associações não estão preocupadas com o facto de o último curso de nível IV em Portugal ter 30 vagas para 400 pessoas. Isto sim deveria ser uma luta de uma associação do setor", acrescentou.
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